
No elenco de Malhação em 1999, Robson Nunes refletiu sobre a diferença da inclusão de atores negros na TV naquela época em comparação com a atual.
Em conversa com a revista Quem, o ator recordou: “Quando entrei na Malhação, eu era o único negro jovem. Era uma época em que você tinha que ter um plano B para sobreviver”.
“Nesse tempo de carreira eu tive um bar com a minha esposa, que era um Comedy Club, também relacionado à cultura, mas era um negócio também“, explicou.
Questionado sobre como enxerga o mercado atual para artistas negros, Robson Nunes disse: “Longe de estar no ideal, mas hoje já se fala muito em representatividade”.
“Já há uma preocupação — as produções e empresas começaram a entender que precisam ter a gente, até porque a gente é um público consumidor em potencial, mais de 50% do país“, acrescentou.
“Só que quando eu comecei, lá atrás, meu primeiro trabalho profissional foi no ano de 1997, a gente era acostumado a ver um negro por produção”, pontuou.
Robson Nunes fala sobre as incertezas da pandemia
Na entrevista, o artista ainda contou como passou pelo período tão delicado do mundo: “Eu, por sorte, não posso reclamar. Eu consegui trabalhar remotamente, eu tinha acabado de entrar em um projeto, que foi a última temporada do Zorra”.
“A gente ficou um tempo na incerteza, sem gravar, mas depois a gente começou a fazer remotamente. A Michelle, minha esposa, que é atriz, também entrou. Então, os roteiristas se adaptaram e criaram esquetes pra gente fazer junto”, declarou.
Robson Nunes frisou que não tem do que reclamar, já que seguiu trabalhando, no entanto ficou preocupado com os colegas.
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“Muita gente teve que se reinventar. Foi muito cruel, foi um período muito delicado para a classe artística, que foi a primeira a parar e a última a voltar, mas aos poucos o mercado foi se restabelecendo, se aquecendo e o pessoal está voltando a trabalhar”, concluiu.