Funcionários da TV Escola estão há dois meses com os salários atrasados (Imagem: Divulgação / TV Escola)
A situação da TV Escola vai de mal a pior desde que o Ministério da Educação decidiu não renovar contrato com a emissora. Esta é a primeira vez, em mais de duas décadas, que o canal perde o apoio do Governo Federal.
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Segundo a coluna de Ricardo Feltrin, do UOL, os cerca de 150 funcionários que trabalham na TV Escola estão com os salários atrasados há um mês. Dentro da empresa já existe um consenso entre os profissionais de que também não receberão os seus vencimentos no próximo mês, acumulando dois meses de atraso.
Sem a aliança com o governo não será possível deixar a TV em pé por muito tempo. Desde o início deste ano que a emissora vinha se mantendo com o pouco que lhe restou de caixa.
Os pagamentos dos colaboradores foram reduzidos em 25%, antes do atraso em suas folhas. A pandemia do coronavírus fez as condições ficarem ainda muito piores.
Com o fim do acordo, o ministro Abraham Weintraub esperava assumir a programação da emissora. A ideia era trocar as equipes e alinhar a grade ao pensamento do seu guru: Olavo de Carvalho. O parlamentar acreditava que a TV Escola era pública. Porém, ao rescindir o contrato descobriu que a estação pertence a Fundação Roquette Pinto, organização sem fins lucrativos.
Funcionários ouvidos pela reportagem informaram que no último mês receberam apenas o vale-alimentação no valor de R$ 500. O Sindicato dos Jornalistas e Radialistas tem pressionado para que o pagamento dos salários seja efetivado.
A TV Escola, por sua vez, alega que não ter de onde tirar esse dinheiro, já que sobreviveu estes anos todos basicamente através do patrocínio vindo de Brasília.
Cabe lembrar que a TV Escola custava cerca de R$ 70 milhões anuais em sua época de ouro. Além disso, chegou a fornecer material didático gratuito a Prefeituras e Estados. Para se ter uma ideia, a TV Brasil custa 10 vezes mais que isso por ano.
Da Redação
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