Com o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021, em razão da pandemia do novo coronavírus, a Globo, detentora oficial dos direitos de transmissão do evento no Brasil, deixará de lucrar este ano cerca de R$ 580 milhões e terá que reajustar o seu conteúdo para suprir a ausência da competição.
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Segundo informações do Meio e Mensagem, e confirmadas por esta coluna, a emissora negociava seis cotas de patrocínio no valor de R$ 96,9 milhões cada para a cobertura na TV aberta, no SporTV e também em plataformas digitais, como Globoplay, G1 e Globoesporte.com. Com a adiamento dos jogos, o canal terá que renegociar os valores para cada anunciante, após o período de quarentena.
As empresas patrocinadoras oficiais de Tóquio 2020, que são Coca-Cola, Airbnb, Alibaba Group, Atos, Bridgestone, Dow, GE, Intel, Omega, Panasonic, P&G, Samsung, Toyota e Visa, possuem prioridade na aquisição das cotas para as transmissões televisivas do mundo todo, porém cada emissora possui a liberdade de negociar com outras marcas locais.
Com a promessa inicial de 1300 horas de conteúdo esportivo, o Grupo Globo terá que adaptar à sua programação e também o planejamento das equipes de jornalismo e esporte, que já estavam se preparando para as transmissões, com toda a logística que se faz necessária.
Daniel Ribeiro cobre televisão desde 2010. No RD1, ao longo de três passagens, já foi repórter e colunista. Especializado em fotografia, retorna ao site para assinar uma coluna que virou referência enquanto esteve à frente, a Curto-Circuito. Pode ser encontrado no Twitter através do @danielmiede ou no [email protected].