O Shark Tank Brasil vai estrear a sua quinta temporada no Canal Sony, nesta sexta (20), trazendo uma série de novidades por conta da pandemia de coronavírus. O programa, comandado pelos tubarões João Appolinário, Camila Farani, Caito Maia, José Carlos Semenzato e a novidade, Carola Paiffa, teve alguns cuidados diante do momento para realizar as gravações.
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Em coletiva realizada nesta terça (17), on-line, o RD1 participou e perguntou quais os protocolos foram usados para evitar qualquer problema de contaminação entre os tubarões e os participantes.
“Foram feitos vários exames conosco [os cinco empresários/tubarões] para podermos participar. Antes, durante e com todos os cuidados. Cada um com seu camarim todos separados. Era até chato porque perdemos aquele contato diário com todo mundo junto após as gravações, ou nos intervalos, mas entendíamos que era necessário”, começou João Appolinário.
O empresário seguiu revelando os protocolos adotados para as gravações do programa. “Só tirávamos as máscaras no momento da gravação. Ficamos gravando quase 15 dias sem nenhum problema ou anomalia durante este tempo”, destacou.
“As pessoas que foram apresentar seus pitches foi a mesma coisa: passaram por exames antes, no dia e todos os cuidados com o distanciamento. Foi algo muito diferente, mas como protocolo, fizemos”, disse.
Camila Farani destacou a separação entre os empresários. “Entre nós, também. Tínhamos um acrílico com a distância devida. Teve um dia que eu tentei ir jantar junto com o Caito, mas eu fui gentilmente retirada do camarim dele porque não podíamos comer juntos (risos), mas faz parte e cumprimos com as determinações. Foi de extrema importância”, finalizou.
“Eu nunca fiz tanto teste na minha vida. Tá louco. Loucura, tudo”, destacou Caito Maia, em um leve desabafo. Carol Paiffa contou que teve que fazer muitos testes antes de entrar na atração e que ficou todo o tempo de máscara, conforme as orientações da produção do programa.
Empresários e riscos financeiros
A atração do Canal Sony faz questão de deixar bem claro que não se envolve nas negociações. Conforme disse João Appolinário, durante a coletiva on-line dessa terça (17), todos os cinico tubarões são empresários sérios e que fazem negócios reais com dinheiro próprio.
“Vale a pena lembrar que não somos atores. Não somos personagens, então, tudo aquilo é real. O investimento é nosso, o dinheiro é nosso. Os riscos, quem corre, somos nós. O investimento, dando certo ou dando errado, nós também damos errado. Mas nós não entramos para resolver os problemas daquele negócios. Entramos para acelerar aquela ideia e aquele negócio que existe um empreendedor à frente. Tudo aquilo que sai de maneira estranha, é porque não somos atores, não temos um texto e nem temos um personagem. Somos empreendedores querendo achar empreendedores que nos traga uma oportunidade e levamos oportunidade pra eles”, ressaltou o empresário. “O gosto de perder uma oferta ali [no Shark Tank] é algo muito amargo”, enfatizou Semenzato.
Ele destacou se sentir em uma competição durante a atração. “A gente é movido por uma emoção maior e me sinto em uma competição brigando por algo que eu acredito. Isso torna o Shark Tank algo incomparável”, ressaltou.
Camila Farani afirmou que o empreendedor, atualmente, se prepara para ir ao Shark Tank Brasil. “O case do Shark Tank Brasil estimula o empreendedor a buscar mais informações para se preparar pro programa, para os tubarões”, enfatizou.
Aprendizados financeiros
Em um papo aleatório durante a entrevista, Caito Maia indagou os colegas sobre como obtiveram um ‘feeling’ de negócios em suas carreiras.
José Carlos Semenzato começou dizendo que sempre recebeu muitas ideias por suas equipes e que começou a estudar os empreendedores. “Eu dou 30 minutos para que o empreendedor venda seu negócio, quando já está em uma fase, já passou por um crivo de apresentação pro e-mail, agora na presencial, que é a hora que você vai ver o DNA, a forma como ele enxerga o negócio, entusiasmo etc. E eu transportei isso pro Shark Tank de forma natural sem fazer adaptação”, contou Semenzato.
Camila Farani destacou que, desde a primeira temporada, teve mudança em sua visão para com os negócios apresentados na atração. “Na primeira temporada eu era muito mais tentada pela emoção. Atualmente, tenho uma emoção conectada aos números que dá uma visão mais racional das coisas. Eu tento trazer essa racionalidade ligada aos negócios e com a evolução das empresas que a curadoria ia fazendo dos negócios“, ressaltou.
Appolinário fez questão de enfatizar a observação dos empreendedores e nos termos utilizados durante as apresentações. “Toda proposta ali no programa, passa por uma averiguação, que é regra do programa. Uma avaliação daquilo tudo que foi falado e prometido, pois a pessoa acaba falando ou prometendo coisas que são inverídicas por não ter se preparado o suficiente para fazer um pitch. É muito importante, nesse momento, saber que elas já se prepararam para a apresentação. Então, ressalto a educação no empreendedorismo que é a proposta do Shark Tank”, finalizou João.
“Eu comecei muito na emoção total, mas depois eu trouxe a mistura dos dois. A solidez do negócio que para em pé com a emoção. Essa foi a minha mudança de visão durante o programa”, contou Caito Maia.
Reuber Diirr é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Integrante do 17º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta (Globo ES), teve passagens pela Record News ES, TV Gazeta ES e RedeTV! SP. Além disso, produz conteúdo multimídia para o Instagram, Twitter, Facebook e Youtube do RD1. Acompanhe os eventos com famosos clique aqui!