Tony Ramos foi escalado inicialmente para ser o vilão de Olho Por Olho, novela prevista para estrear na faixa das 21h na Globo, em substituição ao remake de Pantanal. No entanto, o veterano deu a entender que sua participação na trama de João Emanuel Carneiro não é tão certa assim.
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O ator foi entrevistado por Carlos Tramontina, no Antena Paulista deste domingo (20) e falou a quantas anda a produção da trama: “É o seguinte, eu fui convidado pelo João Emanuel há cerca de 20 meses mais ou menos. Tudo certo, a sinopse foi enviada pelo diretor, o Carlos Araújo, com 110 páginas”.
Na sequência, Tony deixou claro que não tem a certeza se ele realmente vai ficar com o personagem: “Tudo certo, mas sempre com a ressalva: ‘Vamos ver se vai ser você, vamos ver se tá combinado’. Mas a coisa foi andando, aí veio a pandemia. E, desde a última semana, há essa dúvida se farei ou não. Talvez acabe não fazendo”.
Apesar da consideração, o artista explicou que isso não é nada tão estranho no mundo da dramaturgia, ainda mais em tempos de pandemia e isolamento social compulsório:
“É normal um autor… Ele escreve uma novela, entra em pandemia, junto com todos nós… Ele começa a revisar sua própria obra, começa a criar e recriar em cima daquilo que ele criou. Não seria a primeira vez, não será a última. Mas com a pandemia o tempo foi ainda maior para o João Emanuel”.
Tony Ramos entregou a possível participação numa futura minissérie da Globo e contextualizou porque essas trocas de atores acontecem, nas novelas e em outras produções:
“Então, ele vai vendo a história e fala: ‘peraí, mas essa personagem do Tony talvez perca um pouco porque eu criei essa outra’. E pode ser até que eu não faça a novela do João. Isso é normal. E, como eu tenho contrato com a empresa, pode ser que eles me queiram usar em outro projeto. De repente uma minissérie pro ano que vem”.
Por falar nesses tempos críticos da Covid-19, ele descreveu o possível cronograma de Olho por Olho, dentro desses protocolos sanitários de segurança: “A grande produção deve ser retomada, acredito eu, a partir de novembro. Então, tô no aguardo. Um aguardo chato, mas é o que é”.
“Eu adoro o cheiro do estúdio, o convívio com os meus colegas. Quando eu falo colegas não é só a atriz, o ator, o diretor… Não, minhas colegas, do porteiro do estúdio… Isso aqui não é fazer o bonzinho pra agradar todo mundo, não, porque eu gosto mesmo. Eles sabem disso”, finalizou Tony, confessando a saudade de trabalhar no que tanto ama, na profissão que o consagrou.
