Um Lugar ao Sol estreia no próximo dia 8 prometendo polêmica! Habilidosa, a autora Lícia Manzo desenvolveu um casal daqueles que causam simpatia imediata no público. Mas, nas entrelinhas, Ilana e Breno caminham para atritos e desentendimentos que farão com que ambos abram os olhos para outras possibilidades. Mariana Lima e Marco Ricca adiantaram os debates em torno dos personagens em coletiva para a imprensa realizada ontem (29).
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“A Ilana botou todo o tesão dela, a libido, no trabalho. Mas aí o relógio biológico bate. E o relógio social, porque existe também essa pressão sobre a mulher, de quando engravidar, do tempo passando”, revelou Mariana. “Aí vem o processo de descongelar óvulo, tomar hormônio e as consequências da gravidez neste casamento”, completou.
Já Breno, fotógrafo frustrado com o rumo que a carreira tomou, é a figura sensível da relação. “Somos formados numa sociedade tão machista que até a dramaturgia oferece, quase sempre, figuras masculinas fortes […] É uma oportunidade, a Lícia me falou isso, de ter esse homem mais vulnerável”, confidenciou Marco.
A autora complementou: “Ele é verdadeiro, como homens e mulheres são. Eu não acho machismo demonstração de força. Pra mim, o Túlio é mais fraco que ele”. Túlio, vivido por Daniel Dantas, é, na definição do intérprete, “um psicopata”. Ele manipula pessoas e situações visando apenas o benefício próprio, o que, numa primeira leitura, indica força.
A gravidez de Ilana, tão cobrada por Breno, afeta o casamento. Ele, que desde a juventude teve a mulher como esteio, inclusive financeiro, começa a vislumbrar outros relacionamentos. O mesmo acontece com ela. Embora “heterossexual convicta”, na definição da atriz, Ilana termina envolvida com a médica Gabriela (Natália Lage).
“Ela nunca se imaginou com outra mulher, nunca vislumbrou essa oportunidade no próprio corpo. Ela vai passar por essa aceitação”, adiantou. Mariana Lima foi questionada sobre a retomada da discussão sobre bissexualidade às 21h. Há seis anos, o relacionamento de duas mulheres em Babilônia, Estela (Nathalia Timberg) e Teresa (Fernanda Montenegro), causou polêmica.
“Se essa sociedade elegeu o [Jair] Bolsonaro, ela me parece pouco tolerante”, lamentou. “Mas, ao mesmo tempo, Ilana vive o drama dessa sociedade que não consegue se assumir gay ou lidar com um familiar”, ponderou, salientando o papel da ficção em processos de aceitação por parte do público.
Duh Secco é "telemaníaco" desde criancinha. Em 2014, criou o blog Vivo no Viva, repercutindo novelas e demais atrações do Canal Viva. Foi contratado pela Globosat no ano seguinte. Integra o time do RD1 desde 2016, nas funções de repórter e colunista. Também está nas redes sociais e no YouTube (@DuhSecco), sempre reverenciando a história da TV e comentando as produções atuais.