A primeira reprise de Páginas da Vida começou na última segunda-feira (22), no Viva, e parte do público lembrou um dos depoimentos mais marcantes da novela, quando uma senhora gerou burburinho por ter falado sobre a primeira vez que sentiu prazer sexual.
VEJA ESSA
Naquela época, a Globo colocou na trama de Manoel Carlos alguns depoimentos de pessoas anônimas, sempre no final de cada capítulo. Cerca de 500 pessoas participaram do trabalho, que duravam menos de um minuto.
No sexto capítulo da versão original, no dia 15 de julho de 2006, Nelly da Conceição, então com 68 anos, falou que conheceu o prazer aos 45 anos. De acordo com o TV História, o depoimento foi cortado.
Segundo ela, tudo começou depois que colocou uma música em sua vitrola:
“Botei na vitrola a música O Côncavo e o Convexo e fui dormir. Quando acordei, estava com a perna suspensa, a calcinha na mão, toda babada. Comentei com as amigas, que disseram: ‘Você gozou’. Aí vim saber o que era gozo. Moral da história: sou uma mulher de 68 anos que homem pra mim não faz falta. Eu mesma dou meu jeito”.
No dia seguinte, a Globo foi alvo de protestos por todos os lados. No dia 18 de julho, Manoel Carlos foi entrevistado pela Folha de S. Paulo e se defendeu dos ataques:
“Os depoimentos são espontâneos. Quem faz a triagem do que deve ou não ir ao ar sou eu e/ou o Jayme (Monjardim, diretor da novela). Depois, revendo o depoimento, achei que poderíamos ter cortado algumas palavras, a fim de torná-lo menos pesado. Falha nossa. Peço desculpas a quem possa ter desagradado. Não era nossa intenção criar polêmica e, menos ainda, de escandalizar quem quer que seja”.
Por meio de nota, a Globo pediu desculpas para os que se sentiram ofendidos com o relado da senhora e reconheceu “que houve um excesso”.
Depois da polêmica, todos os depoimentos passaram pela Central Globo de Qualidade por ordem da alta cúpula. Mesmo com o pedido da rede, a polêmica durou por semanas a fio.
