Vladimir Brichta falou sobre um assunto delicado a respeito da paternidade de Agnes Brichta. Em entrevista à Patrícia Kogut, do jornal O Globo, o ator relembrou a disputa da guarda da herdeira após a morte da mãe dela, Gena Karla Ribeiro, em 1999.
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Na época, a cantora faleceu por conta de uma doença rara e o baiano, então, lutou com a avó de Agnes para ficar com a guarda dela:
“Não gostaria de falar para sempre, mas entendo absolutamente a curiosidade das pessoas. Todo mundo que acompanhava TV e o meu trabalho e que tem mais de 30 anos vai se lembrar do que passou, da mãe, da avó… Escutei muita gente na época, foi uma comoção”.
“Na rua, eu encontrava pessoas que falavam que estavam empáticas à minha situação, que tinham passado por algo parecido. Havia uma proximidade. Empatia é uma coisa muito valiosa, que salva a humanidade da barbárie. Passou muito tempo desde então e, de repente, surgiu minha filha“, contou.
“Claro que vão se lembrar da história da guarda e querer relembrar. Vão ficar empáticas de novo. Esse movimento eu acho genuíno, orgânico. E só aconteceu por causa da boa aparição da Agnes. Sou suspeitíssimo para falar, mas agora resolvi falar (risos)“, explicou.
Vladimir, inclusive, está atuando com a filha em Quanto Mais Vida, Melhor!. No folhetim das sete, ele interpreta Neném, pai de Tina, personagem da atriz. Sobre a parceria, ele pontuou:
“É a chance de ver uma jovem atriz desabrochando. Acompanhar isso é um privilégio. Muitas fichas estão caindo aos poucos. Hoje posso dizer que o trabalho dela é muito bom. Quando estava fazendo, não conseguia ter esse distanciamento. Achava que era, percebia uma atriz pensante, extremamente comprometida, dedicada e com entendimento ótimo da personagem. Mas não conseguia ter essa dimensão. Às vezes não consigo ter com colegas de trabalho. Com a minha filha, então… Hoje eu assisto e penso: ‘Que coisa legal, não percebi tal coisa, que ela contava a história de tal forma’. Isso me encanta”.
Vladimir Brichta abre o jogo sobre novela
O ator comentou ainda sobre o personagem na trama de Mauro Wilson. Segundo ele, a ideia foi não se arriscar no papel. “Quando fui chamado, ia voltar a fazer novela de humor depois de muito tempo. Passei cinco anos no ‘Tapas & beijos’, mas novela assumidamente de humor não fazia há anos. Talvez a última tenha sido ‘Kubanacan’. ‘Rock story’ não considero, era mais uma aventura romântica”, afirmou.
“Então, voltar para o horário das 19h com humor era uma coisa que me interessava. No entanto, assim que topei, veio a pandemia. E também a tristeza profunda em todo mundo por razões óbvias. Meu maior desafio não era só desenferrujar o humor. Estava difícil ver graça nas coisas e chegar a um humor que de fato divertisse e comunicasse“, disse, completando:
“Havia uma nuvem sobre nós, com todas as mazelas que a gente enfrentava e ainda enfrenta. Cobrei de mim que fizesse as escolhas mais acertadas possíveis. Gosto de compor personagem, e o humor permite que se componha mais, mas não queria que o desafio pessoal me fizesse correr o risco de dar errado. Queria muito que as pessoas se divertissem. Sei o quanto comediantes me deixaram feliz ao longo da pandemia”.
“Achava que eu tinha esse compromisso. Tentei fazer com os recursos que tenho e principalmente vibrar de um jeito que o público conhece. Não quis diferenciar muito de outros trabalhos, apesar de enxergar diferenças. Não reconheço ali o Armani (de ‘Tapas & beijos’), por exemplo. Mas tem um timing que pertence a mim e do qual eu não queria abrir mão em hipótese alguma“, finalizou.
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