William Bonner falou francamente sobre os 50 anos do “JN” e o que esperar do próximo meio século do principal telejornal do país. O editor-chefe e apresentador do programa contou o que significava e o que representa a atração para os brasileiros.
“Eu sempre dizia que o Jornal Nacional tinha que mostrar todo dia o que de mais importante tinha acontecido no Brasil e no mundo. Para muitos brasileiros, era a primeira fonte de informação do dia. O sujeito passava o dia trabalhando, estudando. À noite, se sentava diante da televisão e ia tomar conhecimento das notícias do dia”, declarou o famoso ao site do “JN”.
“Obviamente, hoje isso não faz mais o menor sentido. As pessoas são bombardeadas o dia inteiro pelas telinhas dos celulares que carregam, de maneira que o ‘JN’ deixou de ser o primeiro contato com a notícia”, ponderou. “Mas continua tendo importância enorme: primeiro porque é um rio caudaloso de informações o dia inteiro bombardeando as pessoas”, destacou.
Bonner explicou que a hierarquização das notícias continua sendo um trabalho exclusivo aos jornalistas profissionais. “Alguém precisa organizar isso, filtrar de uma maneira que o mais importante apareça com mais destaque. Essa hierarquização das notícias ainda é trabalho de jornalistas profissionais”, continuou.
O global aproveitou o momento e enfatizou o combate as fake news. “O outro motivo são as fake news, as mensagens falsas que você recebe o dia inteiro. O jornal é uma espécie de porto-seguro, é um local em que você valida aquilo que efetivamente é informação e você separa o que é informação de fake News”, avaliou.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].