Woody Allen responde a Pedro Bial sobre acusações de assédio

Woody Allen
Woody Allen em entrevista a Pedro Bial; programa vai ao ar nesta madrugada (10) (Imagem: Reprodução / Globo)

Pedro Bial anunciou como o primeiro entrevistado da nova temporada do Conversa com Bial o cineasta Woody Allen, que comentou com o apresentador sobre as acusações de abuso sexual a Dylan Farrow, filha do diretor com a atriz Mia Farrow.

Na entrevista, o famoso disse que foi alvo de um boicote e que as pessoas cometeram um erro ao condená-lo. “Sim, estou sendo boicotado, mas eles estão cometendo um erro”, afirmou. A conversa, assim como toda a temporada anterior, foi feita por videoconferência por causa da pandemia da Covid-19.

Por causa das acusações, Allen perdeu o contrato com a editora que publicaria o seu livro, ouviu de astros de Hollywood de que estavam arrependidos de trabalhar em seus filmes e outros dizerem que jamais aceitariam um convite para um dos seus projetos cinematográficos.

Segundo as acusações, o crime teria ocorrido em 1992, quando Dylan tinha sete anos. As alegações explodiram em 2014 junto com o Me Too, movimento feminista criado para combater abusos em Hollywood.

“A intenção é ótima, só precisam ter cuidado com o que dizem para terem certeza de seus alvos e garantindo que estão fazendo pelos benefícios das mulheres e não sendo injusto com os homens que acusaram”, declarou o cineasta.

Woody falou sobre a pandemia, relatou que não desrespeito os protocolos de segurança para não ser contagiado e contou que nenhum dos seus familiares foi diagnosticado com a doença. Ele, aliás, já tomou a primeira dose da vacina contra o coronavírus.

Allen confidenciou a Pedro Bial um sonho: adoraria rodar um filme em solo brasileiro, mais precisamente no Rio de Janeiro. Ele surpreendeu no bate-papo e falou sobre um dos seus livros preferidos: Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, autor que Woody definiu como “gênio”.

“Comecei a ler e achei uma novela completamente encantadora. Era ótimo, então li alguns dos contos e outro livro dele, e ele era um gênio, um escritor maravilhoso”, exaltou.

“Como Susan Sontag apontou num prefácio, a sensação do livro é totalmente moderna. Quando lemos, poderia ter sido escrito ontem. É à frente do tempo”, apontou.

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Paulo CarvalhoPaulo Carvalho
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].