Colaboradora de Aguinaldo Silva em novelas como A Indomada (1997) e Porto dos Milagres (2001), Maria Elisa Berredo surpreendeu ao opinar sobre Fina Estampa (2011), que a Globo reapresenta às 21h. Em live para o perfil do Instagram Cenas da Teledramaturgia Brasileira, Maria Elisa, que também integrou a equipe de ‘Fina’, confessou que hoje “não faria nada daquilo”.
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“Eu acho que é uma novela muito datada. Eu acho que tem atores muito over. O figurino é horrível, é pavoroso aquilo. É uma linguagem que ficou muito pra trás. Eu mudaria tudo”, revelou Berredo. “A história da Griselda (Lilia Cabral) eu acho sensacional. Mas a novela é muito datada”, prosseguiu.
“Eu não sei quais foram os critérios da TV Globo pra escolher, mas eu suponho que é porque tem o personagem Crô (Marcelo Serrado) – que fez muito sucesso –, um personagem cômico, e num momento que as pessoas precisavam de assistir alguma coisa mais engraçada. Mas eu acho a novela toda over… Os atores. Hoje eu não faria nada daquilo”, concluiu a autora.
A transcrição da fala de Maria Elisa Berredo na página do Facebook Cenas da Teledramaturgia Brasileira rendeu mais de 260 comentários. Grande parte deles concordando com a posição da colaboradora de Aguinaldo Silva. “Nada se salva nessa radiação”, declarou um. “A novela já era datada pra época”, outro.
A live, conduzida por Will Romano, trouxe também bastidores de trabalhos como Senhora do Destino (2004), Duas Caras (2007) e Verdades Secretas (2015). Em ‘Senhora’, também de Aguinaldo, Maria Elisa levou para a ficção os momentos que viveu ao lado da mãe, quando esta apresentou sinais do Mal de Alzheimer; as experiências pessoais inspiraram cenas de Laura (Glória Menezes), vítima da doença.
Sobre Duas Caras, Berredo resgatou o período em que tomou as rédeas do enredo: “Houve esse momento em que o Aguinaldo se afastou da novela e pediu para eu assumir a equipe. Uma responsabilidade muito grande você ter uma novela das 21h nas mãos. Eu assumi uma parte, o [Nelson] Nadotti assumiu as escaletas. Mas o Aguinaldo nunca abandonou a novela”.
Ao comentar ‘Verdades’, a autora não mencionou o parceiro Walcyr Carrasco. “Foi uma encomenda do [Carlos Henrique] Schroder. O Schroder queria fazer uma história, uma lolita, com moda. E ele deu a chance… Diretores maravilhosos! […] Também foi uma conjunção muito grande. E, claro, qual é o grande prêmio, né? É o Emmy! É coroar um trabalho com o maior prêmio que a gente pode querer”.
Confira:
https://www.instagram.com/tv/CB4RM8DHayU/
Em live no Instagram @cenasdateledramaturgia, nesta quinta (25), a seguinte autocrítica da autora #MariaElisaBerredo,…
Publicado por Cenas da Teledramaturgia Brasileira em Quinta-feira, 25 de junho de 2020
Duh Secco é "telemaníaco" desde criancinha. Em 2014, criou o blog Vivo no Viva, repercutindo novelas e demais atrações do Canal Viva. Foi contratado pela Globosat no ano seguinte. Integra o time do RD1 desde 2016, nas funções de repórter e colunista. Também está nas redes sociais e no YouTube (@DuhSecco), sempre reverenciando a história da TV e comentando as produções atuais.