Quase uma semana da saída de Augusto Botelho de O Grande Debate, da CNN Brasil, Caio Coppolla voltou a promover uma discussão na atração. Nesta segunda-feira (13), o bacharel em Direito foi desmentido pelo seu atual oponente, Marcelo Feller, e um climão tomou conta do formato.
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Tudo aconteceu quando o apoiador de Jair Bolsonaro (sem partido) apresentou um dado no qual dizia que “80% dos brasileiros confiam nas Forças Armadas”. O jurista, porém, checou a informação na hora e revelou que ela não era verdadeira.
“Segundo dados de 2019, do próprio DataFolha, que é um instituto de pesquisa ligado a um grupo de comunicação que faz oposição sistemática ao atual governo, 45% dos brasileiros confiam muito nas Forças Armadas, e outros 35% confiam pouco. Ou seja, 80% da população confia nas Forças Armadas, um recorde absoluto entre as instituições”, afirmou Coppolla, respondendo a pergunta proposta pelo debate.
Na atração de ontem, os dois convidados precisavam debater se os “militares devem se envolver em política?”. Marcelo Feller, então, questionou o dado apresentado pelo oponente.
“Caio, em primeiro lugar, hoje eu vim municiado de um computador para eu ir jogando as coisas que você coloca. Essa mesma pesquisa do DataFolha que você faz referência, aponta que 52% dos brasileiros são contra a participação de militares no governo”, disparou ele.
“Então, ao intencionalmente omitir esse número, dizer que colocar militares no governo seria uma intenção, um agrado aos brasileiros, você se esquece que, nesta mesma pesquisa, [os brasileiros] foram e são contra militares no governo”, completou o advogado.
Caio Coppolla rebateu: “Só para corrigir uma informação que você veiculou ao espectador da CNN, não se trata da mesma pesquisa. Estava me referindo a uma pesquisa de 2019, que foi a última feita com base em confiança nas instituições, e a pesquisa a qual você se referiu é de 2020. Outra metodologia, outra amostragem”.
Em seguida, então, Feller apresentou uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas e da Universidade de Cambridge, da Inglaterra, sobre que o descumprimento das recomendações dos órgãos de saúde feitos por Bolsonaro durante a pandemia do novo coronavírus foi responsável por 10% das mortes que ocorreram por causa da doença.
O bacharel em Direito ficou revoltado com o discurso e reagiu: “São estudos enviesados. Pelo amor de Deus, Marcelo. É lógico! Um estudo que conclui que uma pessoa é responsável direta pela morte de sete mil pessoas é um estudo enviesado. Isso não é ciência, é opinião”.
“Opinião é o que você está dando aqui. Caio, eu sei que é um estudo um pouco grande para a leitura, tem 36 páginas, mas eu te recomendo a leitura antes de rebater ele”, disparou o rival.
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