Conhecida por apresentar jornais como Bom Dia São Paulo, SPTV e Hoje e por atuar como repórter especial do Fantástico até dezembro de 2018, Carla Vilhena resolveu contar um pouco da sua experiência com o preconceito na televisão brasileira.
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“É só ligar a TV para ver a diferença de tratamento entre homens e mulheres“, iniciou ela em sua participação como convidada do podcast UOL VÊ TV #37, que discutiu denúncias recentes de assédio moral e sexual feitos por apresentadoras de telejornais, além de casos de racismo, homofobia e gordofobia na TV.
“Quantos homens têm mais de 70 anos e estão trabalhando? Uma vez eu estava numa conversa sobre outros motivos com um advogado e ele virou para mim e disse que eu podia ficar tranquila porque era uma profissional competente. Mas nenhuma passa dos 50 no ar. Ele falou: ‘Não é possível’. Ficou uns 15 minutos tentando se lembrar de alguém. Ana Maria Braga não é jornalismo“, refletiu.
Ainda na conversa, Carla advertiu que “as pessoas não compreendem muito que homens têm uma história e mulheres não têm uma história“. “Televisão é familiaridade. A gente se sente confortável de ver aquela pessoa todos os dias. Você liga a TV e sabe o que vai acontecer, vendo um rosto conhecido. Por que isso não acontece com as mulheres de determinada idade?“, indagou.
Ao menos, Vilhena enxerga uma certa mudança de comportamento na atual geração, usando como exemplo Renata Lo Prete. “[Ela] vem de outro meio, do jornalismo impresso, e conseguiu entrar em um meio difícil que é a TV. Houve momentos incríveis em que ela colocou o posicionamentos de uma mulher que está lá pela inteligência e capacidade profissional. Nós temos sido privados disso ao longo dos anos“, finalizou.
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