A crise financeira provocada pela pandemia causou uma perda valiosa para a programação esportiva da Globo em 2020. Após um pedido de abertura de negociação com a Conmebol e ter recebido a negativa, a emissora carioca rescindiu o contrato com a entidade e não transmitirá a Libertadores desta temporada.
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Em nota enviada ao site Notícias da TV, o canal da família Marinho explicou que o cenário “extremamente desafiador” foi o maior responsável pela decisão. “A Globo vem fazendo uma revisão completa de seu portfólio de direitos”, apontou.
A comunicação da emissora líder do país ressaltou que “tentou renegociar com a Conmebol o contrato da Libertadores, válido até 2022”, mas infelizmente não obteve acordo. Como argumento, a empresa garantiu que “grandes players mundiais têm sido obrigados a renegociar seus acordos sobre eventos esportivos em razão da crise econômica provocada pela covid-19”.
Com o intuito de evitar polêmica, a Globo revelou que uma cláusula no antigo contrato permitia a rescisão contratual em caso de suspensão da competição por um período prolongado: “É importante esclarecer que havia no contrato cláusula específica de rescisão em caso de suspensão da competição por períodos prolongados, por motivo de força maior”.
Assim como os campeonatos estaduais, a Libertadores foi paralisada em março, no início da pandemia. A previsão de retorno do principal campeonato entre os clubes da América Latina está para 15 de setembro.
Confira a nota na íntegra:
“Diante do cenário extremamente desafiador provocado pela crise econômica e potencializado pela pandemia de Covid-19, a Globo vem fazendo uma revisão completa de seu portfólio de direitos.
Nesse contexto, e tendo em vista a suspensão daquela competição por vários meses, a empresa tentou renegociar com a Conmebol o contrato da Libertadores, válido até 2022, mas infelizmente não houve acordo. Assim, não restou alternativa à Globo a não ser rescindir o contrato.
Grandes players mundiais têm sido obrigados a renegociar seus acordos sobre eventos esportivos em razão da crise econômica provocada pela Covid-19, que, no Brasil, ainda é acentuada pela desvalorização cambial, que multiplica o valor dos contratos em dólar. Como principal competição de clubes das Américas, a Libertadores continua sendo importante para a Globo.
No entanto, para que sua transmissão seja viável e satisfatória para todas as partes envolvidas, ela precisa se adequar à nova realidade mundial dos direitos esportivos e à situação econômica vivida pelo país. Por fim, é importante esclarecer que havia no contrato cláusula específica de rescisão em caso de suspensão da competição por períodos prolongados, por motivo de força maior.”
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