Taís Araújo desabafa após descobrir caso de racismo com cabeleireiro

Taís Araújo

Taís Araújo desabafa após episódio envolvendo cabeleireiro (Imagem: Divulgação / Globo)

Taís Araújo falou pela primeira vez após o caso de racismo envolvendo seu cabeleireiro, Wilson Eliodorio, que atacou as modelos Mariana Vassequi e Ruth Morgan durante uma aula sobre cabelos crespos e cacheados. A global disse que demorou para se posicionar pelo choque que tomou quando soube do acontecido.

“O racismo cometido pelo meu amigo e cabeleireiro Wilson Eliodorio me tirou o chão e a voz. Bateu doído. E por isso demorei a falar. E mesmo o amando não posso passar a mãe em sua cabeça”, declarou Taís, que pediu para que Wilson “se responsabilize por seus atos”.

“Ele deve repensar enquanto homem negro, gay e profissional de beleza”, defendeu a artista. “Demorei também porque, antes de tudo, sou uma mulher negra e isso me atravessa. Atravessa a todas nós. Demorei porque é terrível ver que a estrutura racista desse país se perpetua até com os nossos, os que amamos”, lamentou.

“Acima de qualquer coisa estou aqui para acolher Mariana Vassequi e Ruth Morgan, mulheres negras como eu que não aguentam mais desrespeito e racismo. Mariana Vassequi e Ruth Morgan, a vocês duas todo meu amor, respeito e gratidão por terem tido a coragem de falar. Saibam que este é um grande e importante passo na luta contra o racismo”, finalizou Taís Araújo.

A polêmica veio à tona durante um encontro no estúdio WES, do cabeleireiro e beauty artist Wilson Eliodorio, no início da semana, o profissional responsável por cabelos de Taís, Cris Vianna, Lellê e Cacau Protásio, pegou nos cabelos de Mariana e disse: “Filhote do patrão, né? Patrão comeu e gerou isso”.

Confira:

 

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O racismo cometido pelo meu amigo e cabeleireiro Wilson Eliodório me tirou o chão e a voz. Bateu doído. E por isso demorei a falar. E mesmo o amando não posso passar a mão em sua cabeça. Ele deve se responsabilizar por seus atos e se repensar enquanto homem negro, gay e profissional de beleza. Demorei também porque, antes de tudo, sou uma mulher negra e isto me atravessa. Atravessa a todas nós. Demorei porque é terrível ver que a estrutura racista desse país se perpetua até com os nossos, os que amamos. Acima de qualquer coisa estou aqui para acolher Mariana Messaqui e Ruth Morgan, mulheres negras como eu que não aguentam mais desrespeito e racismo. Mariana Vassequi e Ruth Morgam, a vcs duas todo meu amor, respeito e gratidão por terem tido a coragem de falar. Saibam que este é um grande e importante passo na luta contra o racismo. A vc que está lendo esse post, recomendo que sigam @marianavassequi e @ruthmorgamoficial que não somente são donas de cabelos maravilhosos: elas têm lindos trabalhos e pensamentos.

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Paulo Carvalho
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Paulo Carvalho

Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].