Antigo projeto de Walther Negrão, a minissérie Casa de Eny pode sair do papel. A trama conta a história de Eny Cezarino, dona de um famoso ponto de prostituição em Bauru (SP). Apesar de ter aprovado o projeto, a Globo nunca chegou a tocar a produção. Agora, a trama pode ser negociada com plataformas de streaming.
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De acordo com o jornalista Flávio Ricco, do R7, a produtora JPO, de José Paulo Vallone, está à frente dos trabalhos. O drama é uma adaptação do livro Eny e o Grande Bordel Brasileiro, lançado em 2002 pelo jornalista Lucius de Mello.
A obra foi escrita pelo repórter devido à curiosidade em relação a Eny, criada a partir dos comentários que ouvia na cidade desde que se mudou para trabalhar na região pela Globo, em 1988. A cafetina fazia parte do imaginário da cidade e Lucius passou 10 anos colhendo informações a seu respeito para finalizar o trabalho.
Morta em 1987, aos 70 anos, Eny mudou o seu destino após fugir de casa para não casar com um militar. Passou a trabalhar como prostituta no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, até chegar a Bauru. À cidade do interior paulista, ela levou ao mundo da prostituição um padrão de qualidade insuperável.
A sua casa de facilidades, que comprou de uma dona de pensão em 1947, contava com uma estrutura de 40 quartos, saunas, restaurante, bares e salões de festas. As meninas que trabalhavam com ela eram escolhidas a dedo.
A Casa de Eny se tornou um dos principais bordéis do Brasil, funcionando entre o final dos anos 1940 e o começo dos 1980. O local chegou a reunir 30 prostitutas e passou a ser frequentado por políticos, artistas, fazendeiros e empresários.
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