Próxima novela das 18h, a inédita Nos Tempos do Imperador oferece inúmeras possibilidades aos anunciantes. A Globo buscou desenvolver várias ações, listadas em plano comercial já entregue ao mercado publicitário, para faturar com a trama de época – gênero que quase nunca atrai merchandisings, devido ao contexto histórico pouco ou nada condizente com as marcas em evidência hoje. As investidas vão desde inserção do patrocinador na abertura até a figura do “viajante do tempo”.
VEJA ESSA
Conforme vídeo obtido junto às fontes desta coluna do RD1, a vinheta de Nos Tempos do Imperador contará, logo após o logotipo, com o “oferecimento”, como visto no vídeo abaixo. Além da exibição do anunciante integrada à abertura, será possível contar com a locução de até oito palavras, possivelmente nome e slogan. No vídeo, a ação deve durar 5 segundos.
O formato squeeze em L (barras numa das laterais e no canto inferior da tela), empregado em ações comerciais de Totalmente Demais (2015), será adotado nos créditos finais. O merchandising, neste caso, envolve uma mensagem do patrocinador associada ao QR Code que poderá redirecionar o telespectador para uma página especial no site do folhetim ou para as plataformas do produto / produtor em questão.
A emissora também disponibilizou breaks exclusivos para momentos de impacto da obra, como o primeiro, o último e a sempre tão falada virada do 100° capítulo. O formato Primeiríssima Posição garante breaks durante a primeira semana, a da virada e a última. Ainda, breaks contextualizados – como quando Vivi Guedes (Paolla Oliveira) saía de cena em A Dona do Pedaço (2019) para brilhar nos intervalos.
A investida mais curiosa, no entanto, atende por “viajante do tempo”. Trata-se de um personagem que, a princípio, aparece para o público na novela, como figurante. Após o corte para “os reclames do plim-plim”, o mesmo tipo aparece, comentando a cena em questão e “prevendo” facilidades do futuro associadas ao anunciante em questão. O canal exemplificou tal ação com o aplicativo de transportes Uber; confira abaixo.
Memória
Nos anos 1980, a Globo também usava as aberturas de suas novelas como vitrine para patrocinadores. Transas e Caretas (1984) promovia o novíssimo vídeo game Atari. As motos Agrale marcaram presença em Roque Santeiro (1985) e Fera Radical (1988). Ainda, grifes como Goodway, Rurita e Dumond em O Outro (1987), Brega & Chique (1987) e Top Model (1989). A última investida do gênero se deu com a Avon, no remake de Anjo Mau (1997).
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A produtora de elenco Frida Richter compartilhou, em sua conta no Instagram, um registro ao lado do autor Gustavo Reiz e do diretor artístico Leonardo Nogueira. A foto foi republicada por Gustavo, ex-Record, agora envolvido com os trabalhos de sua primeira novela na Globo. Leonardo, que respondeu por tramas como Sol Nascente (2016) e O Tempo Não Para (2018), deve acompanhá-lo nesta jornada. A comédia romântica, centrada na disputa por um tesouro, deve estrear no primeiro semestre de 2022, às 19h.
Em meio ao burburinho sobre o quarto horário de novelas do Canal Viva, e às vésperas da estreia da série documental Os Casais Que Amamos – sábado (21), 19h –, a coluna sugere a reprise de musicais como Globo de Ouro ou mesmo a produção de atrações do gênero. ‘Os Casais’ vale pelas memórias dos convidados; o formato, contudo, já é conhecido, assim como os humorísticos e folhetins que dominam a grade. Programas originais ou episódios inéditos do Globo de Ouro – Palco Viva, voltados talvez às trilhas sonoras, seriam bem vindos…
Duh Secco é "telemaníaco" desde criancinha. Em 2014, criou o blog Vivo no Viva, repercutindo novelas e demais atrações do Canal Viva. Foi contratado pela Globosat no ano seguinte. Integra o time do RD1 desde 2016, nas funções de repórter e colunista. Também está nas redes sociais e no YouTube (@DuhSecco), sempre reverenciando a história da TV e comentando as produções atuais.