Acostumado com vida corrida por causa dos shows da sua banda Ratos de Porão e também pelo serviço de seu restaurante, João Gordo viu sua rotina mudar totalmente com a chegada da pandemia do coronavírus. Em conversa com a revista Quem, o cantor revelou que no início da quarentena enfrentou uma depressão.
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“Eu entrei em uma certa depressão por estar muito tempo parado. Vou ao psicólogo e psiquiatra que me receitam umas coisas para dar uma segurada. Praticamente minha vida é lavar louça e catar bosta de cachorro”, disparou.
Pai de Victoria, de 16 anos, e Pietro, de 15, ele continuou: “Cuido dos filhos também. Fico meio angustiado porque queria voltar a tocar, mas comecei a fazer uns projetos musicais com um monte de gente e esses projetos que me confortam”.
Além do lado musical, João, que precisou fechar o estabelecimento que tinha, tem se dedicado ao Solidariedade Vegan, projeto de entregas da marmitas veganas para as pessoas de situação de rua em São Paulo.
“A gente teve que fechar o restaurante para o público por causa da pandemia e ela decidiu fritar algumas coxinhas de jaca e levar para o povo da rua que estava no Bixiga“, contou o artista, se referindo à Vivi Torrico, sua esposa.
“Juntou um monte de gente que com a pandemia ficou sem lugar para descolar água e comida. Ela se emocionou porque não tinha comida para todos e chegou em casa chorando. Chamei os filhos e decidimos fazer as marmitas. A Vivi idealizou tudo. No começo, a gente fazia 76 marmitas por dia e hoje a média é de 200”, revelou.
“Como eu sou do grupo de risco da Covid, ela fica à frente do projeto e eu fico na retaguarda cuidando dos filhos. Sou doente, tenho DPOC (grupo de doenças pulmonares), se pego Covid, embarco… Quase embarquei em 2019 com uma pneumonia”, lembrou.
“Então, eu vou em algumas entregas de marmitas, mas é a Vivi que todo dia está lá. Sai às 7 da manhã de casa e só volta às 20h. Ela tem um coração muito grande. Quando era adolescente, levou um morador de rua para casa, deu banho e comida”, contou João, que além de ser vegano, atualmente leva uma vida bem diferente da tinha há anos.
“Naquela época eu era outa pessoa, um suicida que ligou o foda-se e que quase conseguiu o intento de se matar duas vezes. Mas a Vivi mudou totalmente a minha vida. Tem gente ainda que me cobra atitude de adolescente aos 50 e poucos anos. Se um roqueiro vive eternamente essa vida louca, vai morrer desse jeito. Eu gosto de droga. Se droga fosse ruim ninguém usava, mas não dava mais para mim. Hoje sou completamente careta”, admitiu.
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