Babu Santana participou do BBB no ano passado e agora é apenas telespectador do programa. O ator, então, tem visto discussões interessantes dentro da temporada, como as que giram em torno dos “cancelamentos” e “militância radical”.
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“As pessoas se equivocaram, sim, e, coincidentemente, elas são pretas. Somos pessoas normais. Tem pessoas pequenas, altas, magras, gordas, carinhosas, nervosas, mal caráter, bom caráter. O erro de um ou de outro não pode fazer com que se perca toda uma luta”, iniciou o famoso em entrevista à revista Trip.
O global fez referência às polêmicas envolvendo Karol Conká, Nego Di e Lumena Aleluia, principalmente pelas atitudes contra Lucas Penteado, que pediu para deixar o programa.
“No caso da Karol Conká, que saiu com 99,17% de rejeição, a gente começa a debater uma coisa interessante para a sociedade: o povo que consegue se unir para tirar uma pessoa do BBB não pode se unir para ajudar o Acre, que tá sofrendo com as enchentes? Se unir para escolher melhor nossos líderes? É importante gerar esses debates e estar aberto para ouvir a opinião do outro, mesmo que ela seja absurda”, analisou ele.
O famoso também disse: “Dá tempo de mudar a forma de enxergar as coisas ou de tratar o outro. Nesses debates, a gente coloca as cartas na mesa e toma um susto, mas faz parte do game”.
Sobre o BBB 2021 em geral, Babu Santana acredita que os participantes entraram diferentes dos competidores no ano passado, pois eles já foram confinados com uma pandemia em curso.
“Nas primeiras semanas, o jogo deu uma acelerada e quero entender melhor para onde vai levar. Percebi que, na minha edição, a gente entrou num mundo e saiu com ele virado. Quando eles entraram [na edição atual], o mundo já tava virado, as pessoas estão num estado de carência, muitas estão presas em casas pequenas, não têm um lugar espaçoso para arejar a cabeça, como eu. É uma apreensão coletiva inédita para a humanidade”, desabafou ele.
O ator ainda disse que acredita que os ânimos estão mais exaltados por causa do atual momento no mundo. “O mundo virtual passou a ser uma coisa mais cotidiana. É muito louco porque estamos separados por uma placa eletrônica, que incentiva a ver e a falar muitas coisas. Você se sente protegido, tá dentro de uma caixinha, ninguém vai te agredir”, disse.
“Por exemplo, a Karol Conká saiu, então, chega de atacar? Chega, né? Me pergunto: até que ponto isso é brincadeira, até que ponto é sério? É o caso de ela buscar um tratamento? Até então, era muito óbvio que ela estava equivocada e a resposta ao comportamento foi dada nas redes. Eu não queria falar de coisas óbvias, os questionamentos que isso tá trazendo à tona é que me interessam”, prosseguiu.
A respeito dos “cancelamentos”, ele destacou: “Eu calculo tudo o que vou fazer agora, mas tento canalizar isso para um lado bom, de ver falhas na minha conduta e corrigi-las, antes que se tornem um cancelamento. Não dá para negar que esse movimento existe e que traz prejuízos para quem trabalha na internet, comercialmente. Mas vou cuidar da minha vida para não cometer um crime, uma injustiça”.
“Perto disso, o cancelamento é uma coisa meio banal. Eu sei quem eu sou, vou seguir com as minhas convicções e a educação que recebi da minha família. Se você não gosta da pessoa, simplesmente não segue, não precisa ficar xingando o tempo todo, até porque isso gera engajamento para ela. A maior arma de cancelamento para mim é o desprezo, ser esquecido, ignorado, não a disseminação do ódio”, finalizou.
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