João Côrtes viverá um militar nazista na minissérie O Anjo de Hamburgo, da Globo em parceria com a Sony Pictures Television (SPT). A obra retrata a história de Aracy Carvalho, uma brasileira que salvou a vida de diversos judeus na Alemanha durante a 2ª Guerra Mundial. Uma heroína, inconformada com o regime nazista; essa será a primeira vez que sua história será retratada.
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Também será a primeira série da emissora carioca produzida totalmente em inglês. Segundo a colunista Carla Bittencourt, a previsão de lançamento era para maio deste ano, mas acabou adiada em razão da pandemia do novo coronavírus. Inclusive, as gravações precisaram ser paralisadas e, por isso, uma nova data de estreia será definida.
Com 25 anos, Côrtes já carrega um currículo extenso de sucesso, incluindo diversos prêmios internacionais. Com o filme Nas Mãos de Quem me Leva, o artista ganhou em duas categorias – Melhor Filme e Melhor Diretor – no New Cinema Film Festival, de Lisboa; e com Flush venceu cinco festivais, entre Estados Unidos, Alemanha e Itália, em categorias diversas.
No ano passado, em meio à pandemia, João virou assunto ao assumir publicamente sua homossexualidade. O artista, que ficou conhecido nacionalmente por sua atuação em campanhas publicitária da Vivo, contou que descobriu sua orientação sexual aos 14 anos de idade.
“Eu sabia que era gay com uns 14 anos, mas não sabia o que fazer com aquilo. Eu sabia, mas na época isso era só um leve impulso. Uma sensação. Era um sentimento abstrato e distante”, declarou ele.
“Nunca soube o que fazer com aquilo. Então eu dobrei e guardei numa caixinha, embaixo do meu caos emocional. Ninguém liga para isso mesmo… E escondi de mim por anos e anos, na esperança de que isso se tornasse cada vez menor, e menor”, prosseguiu.
E continuou: “E o que era distante ficava cada vez mais presente, o leve e ingênuo impulso se transformava em vergonha. Para mim era o abismo. Era compactuar com uma força estranha querendo entrar. E eu gastando toda a minha energia para me manter fiel a um papel que simplesmente não me cabia mais”.
“Eu fugia de mim mesmo como um rato foge do gato. A vergonha pode ser pesada e muito barulhenta, mas ela também pode se esconder atrás do conforto e da conveniência. Mas, a vergonha de si mesmo é sempre violenta. Te corrói”, complementou.
João finalizou o texto com uma mensagem de apoio ao público LGBTQ+: “Se você é gay, bi, trans, não-binário ou ainda se questionando, se você está confuso, está sentindo dor ou vergonha ou humilhação ou se sente sozinho: você não está sozinho e vocês fazem o mundo muito mais interessante, surpreendente e suportável”.
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