Susana Vieira está longe da TV por causa da escassez de trabalhos depois da pandemia da Covid-19, mas em contrapartida está estrelando o filme Amigas de Sorte, onde interpreta Nelita, que trata de um trio de amigas veteranas em vivências afetivas. Nessa pegada, a artista falou sobre a própria vida.
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No longa-metragem, que estreou na segunda-feira (17) nas plataformas digitais, dá vida a uma mulher de 78 anos — como na vida real — numa jornada transformadora, tocando em temas como sexo e afins. Susana, em entrevista ao jornal O Globo, lamentou ter entrado nessa quarentena sem um namorado:
“Isso me faz muita falta. Talvez ele estaria aqui até hoje ou teria o matado, não sei [risos]. Carinho e companhia não fazem mal a ninguém. Mas quando começou a pandemia, estava em Éramos Seis, uma novela de época, e eu fazia o papel de uma mulher chata e mal-humorada, com aquele cabelinho agarrado na cabeça. Estava louca para vir uma novela de ação, em que eu descesse escadas como Gloria Swanson… Aí eu tenho certeza que estaria acompanhada”.
Sobre o filme, a felicidade da atriz é não interpretar mães ou avós de protagonistas em sua carreira: “Para mim, a terceira idade começaria com 80 anos. Não pode começar com 60. Tenho 78 anos, e estou no auge para fazer a mulher gostosa, bonita e beijoqueira”.
“Mostra que não dá para fazer apenas filmes com três mulheres jovens à procura de um amor. Atrizes americanas, como Meryl Streep e Jane Fonda, já reclamaram que o cinema só oferece papéis bons para mulheres até uma certa idade. No Brasil, isso é muito pior”, continuou a famosa, citando exemplos famosos para basear o que estava dizendo.
Voltando a falar sobre o assunto mais ousado, Susana Vieira deixou claro que a idade não a empatou de exercer a sexualidade de forma plena e todos os outros poréns:
“Não preciso ficar mais nova para gostar de sexo. Gente, para quem não é importante o amor e o beijo na boca? Continuo gostando de sexo. Mas estou em falta no momento com esse produto [risos]. Não tem idade para isso. Adoro um baile funk, adoro música eletrônica. Tenho uma jovialidade meio inconsequente. Não sei se é inconsequente a palavra. Mas não preciso dar satisfação sobre o fato de eu gostar de baile funk. Simplesmente gosto, e vou”.
Ela pontuou que o brasileiro acaba discriminando e até mesmo tendo preconceito com mulheres mais velhas, e até mesmo descreveu aventuras íntimas curiosas, sem entrar em detalhes:
“Há um pouco de ignorância. Se morasse na França, estaria casada hoje com um pintor ou um escritor conhecidos. A gama de pessoas para você se apaixonar é muito maior fora do Brasil. Quando viajo, sempre arrumo um namorado. Em Ibiza, arrumei um cara que era português e vivia dentro de uma lancha, uma lancha chiquérrima, diga-se de passagem”.
Por fim, Susana comparou o homem brasileiro com aqueles estrangeiros, e surpreendeu ao revelar até onde conseguiu chegar com suas paqueras fora do país:
“Os homens do Brasil só querem a gatinha, e não sei porquê. Não é só o corpo que mantém uma mulher. Mas não adianta eu querer dar lições. Não vou mudar a cabeça do homem brasileiro, que é difícil. Conheci muitas pessoas interessantes fora daqui. Não posso citar nomes porque é gente muito conhecida. Já tive um relacionamento até com um presidente de outro país”.
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