O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) encaminhou o nome do ex-prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), ao governo da África do Sul. O motivo? O “capitão” escolheu o sobrinho do bispo Edir Macedo, dono da Record, para a embaixada do Brasil no país.
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A informação confirmada pela Folha de S. Paulo e colocou uma pedra no clima de tensão entre Record e Governo Bolsonaro. Nas últimas semanas, o canal paulista promoveu uma campanha contra o Chefe do Executivo, incluindo um panelaço contra ele exibido no Jornal da Record.
A treta entre a TV e o Palácio do Planalto começou há meses por causa da briga Angola x Igreja Universal e a inércia do Itamaraty na questão. Em uma matéria sobre a situação da Igreja Universal em Angola, o âncora Luiz Fara Monteiro soltou críticas contra o Ministério das Relações Exteriores do Governo Bolsonaro, “que deveria proteger os brasileiros em Angola”.
“O governo brasileiro também foi omisso, e não atuou de forma ativa para evitar a deportação dos missionários”, criticou o apresentador.
No dia do panelaço, motivado pelo pronunciamento de Bolsonaro na TV, o JR mostrou vídeos de manifestações em Brasília, São Paulo e Fortaleza. No último vídeo, uma mulher gritou aos berros: “Fora, Bolsonaro!”.
“Que novidade é essa que a Record tá mostrando panelaço contra o Bolsonaro?”, questionou um internauta no dia. Em outro momento, um boletim do JR 24h destacou uma reportagem do jornal The Economist, com as seguintes palavras: “Brasil em retrocesso com Bolsonaro”.
Ainda de acordo com o jornal, Marcelo Crivella ainda depende do aval do governo sul-africano, em processo sigiloso. Sendo assim, nenhuma confirmação do governo brasileira será dada até a resposta do país anfitrião.
Caso seja aprovado pela África do Sul, Marcelo Crivella será sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado. A senadora Kátia Abreu (PP-TO), informou que só comentará a indicação caso ela seja oficializada.
Crivella foi preso em 22 de dezembro, oito dias antes do fim do seu mandato, após ser denunciado como chefe de um suposto grupo criminoso que teria criado um esquema de cobrança de propina na prefeitura do Rio de Janeiro. Ele passou uma noite na delegacia e recebeu o direito da prisão domiciliar.
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