A televisão, como diria o outro lá, é uma caixinha de sabotar talentos e fabricar inimizades. Líder de audiência no país, a Globo é o maior celeiro para fogo-amigo e puxadas de tapete em série.
VEJA ESSA
Pois bem, a coluna andou acompanhando nos últimos tempos as movimentações de um certo jornalista global. O rapaz faz aquele tipo ganancioso, inescrupuloso, para dizer o mínimo. Partiu dele ataques recentes a colegas de redação, vistos pelo moço como obstáculos para sua ascensão.
O dito-cujo botou na cabeça que é merecedor de ser âncora de rede, e desde então não vem dando sossego aos “amigos”. Distante dos confetes das redes sociais, onde paparica os colegas, o rapaz agiu nos últimos tempos para afastar os nomes de alguns profissionais vistos como promissores. Os alvos maiores envolvem um apresentador local da Globo São Paulo, uma âncora da GloboNews e um veterano que andou em quarentena.
Para tal, o rapaz se cercou de uma ajuda à altura: o repórter de um conhecido veículo, famoso pelos serviços informais. Além disso, passou a vender a ideia que era o cara certo para qualquer situação, daí o interesse de Record e CNN em seu passe. Tudo invenção.
Além de valorizar o próprio nome e metralhar os concorrentes internos, o moço também andou refazendo sua imagem em público. Mudou a postura nas redes, passou a ser mais comedido. Mais gentil, agradável. Tudo sob as orientações do assessor informal.
A estratégia vinha dando certo. De uns meses para cá, surgiram notícias a respeito desse jornalista nos mais variados veículos. Elogios aos montes. Porém, toda ação sempre acaba deixando rastros.
A direção de jornalismo da Globo detectou digitais em eventos recentes, juntou as peças do quebra-cabeça e chegou ao nome do insaciável contratado. E resolveu dar o troco: concedeu reajuste salarial ao apresentador de São Paulo, deu mais destaque à âncora da GloboNews, com promessas de usá-la em breve na TV aberta, e premiou o veterano, visto como carta fora do baralho. Por fim, fez questão das medidas “vazarem” na redação.
E a tal promoção? É bom o ganancioso rapaz tirar o pocotó da chuva. Ela não virá tão cedo.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]