Parceiros de longa data, Renato Teixeira gera embate com Sérgio Reis após polêmica

Renato Teixeira Sérgio Reis

Renato Teixeira e Sérgio Reis discordam em posicionamento político (Imagem: Divulgação / Erica Mani)

As polêmicas declarações de Sérgio Reis, incitando a derrubada dos ministros do Superior Tribunal Federal (STF), afetaram não só a percepção do público sobre ele, mas também suas relações mais próximas. O então parceiro do cantor, Renato Teixeira, está incluso, e usou as redes sociais para se pronunciar sobre o assunto.

A democracia é um bem conquistado a duras penas. A música é uma arte democrática. Portanto, jamais usarei o meu prestígio para tentar usurpar o nosso sistema democrático”, disse ele, que tem uma longa parceria de vida com o artista, com quem conquistou um Grammy Latino, em 2015

Os dois, cabe lembrar, gravaram os álbuns Amizade Sincera I e II, no ano passado, realizaram algumas lives juntos no início da pandemia e já tinham shows marcados – resta saber se acontecerão ou não.

Para quem não acompanhou a história, um áudio vazado mostra o ex-deputado federal afirmando que se reuniu com produtores de soja, além do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), e “todos os ministérios, ministro da Defesa, generais do Exército, Marinha e Aeronáutica”.

Na mensagem, o cantor diz que vai pessoalmente ao Senado, em 8 de setembro, acompanhado por empresários do setor e lideranças dos caminhoneiros para entregar um documento ao presidente da casa, Rodrigo Pacheco, solicitando a aprovação imediata do voto impresso e a destituição de todos os ministros do STF.

Eu, os caminhoneiros, os plantadores de soja, os fortes, os que carregam navios para fora. Vão receber um documento assim: ‘vocês têm 72 horas para aprovar o voto impresso e tirar todos os ministros do STF. Não é um pedido, é uma ordem“, enfatizou no início da mensagem de voz.

E seguiu: “Se vocês não cumprirem em 72 horas, nós vamos dar mais 72 horas. Mas nós vamos parar o país. Já está tudo armado. O país vai parar… tudo. Norte a sul, leste a oeste. Os plantadores de soja vão colocar as colheitadeiras na estrada. Ninguém vai andar em carro particular, nem ônibus“.

Sérgio concluiu sua declaração de maneira firme. “Enquanto o senado não tomar essa posição que nós mandamos fazer. Nós vamos ficar em Brasília, não sairemos de lá até isso acontecer. Se em 30 dias eles não tirarem aqueles caras (forma como Sérgio se refere aos ministros do STF), nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra“.

A repercussão negativa do vazamento fez com que o sertanejo de 81 anos chorasse ao falar sobre o tema em uma live na internet. Nela, ele afirmou que sua intenção era de que os pedidos de afastamento dos ministros fossem estudados pelo Senado.

Não pedi para que acabasse com nada. Eu pedi que fizessem… que esses impeachments fossem estudados. Vamos fazer. Se o povo não for para as ruas no dia 7 de Setembro, Brasília não vai fechar. Então não vai adiantar nada. O Exército não pode fazer nada, o presidente não pode fazer nada e nós não podemos fazer nada. Estamos fazendo a nossa parte“, ressaltou.

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Da Redação
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