Priscilla Alcântara abandonou a música gospel há algumas semanas e causou ao fazer uma nova declaração sobre o segmento, durante uma entrevista ao Vênus Podcast.
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Na ocasião, ela disse que era muito criticada por uma parte desse público cristão, a mais radical, sem entender o motivo, já que foi detonada quando esteve no Lollapalooza.
“Os eventos que eu mais amo são os festivais de música. Tem muitos tabus que a gente já passou por cima deles. Na época (2017), era muito tabu o fato de um cristão frequentar um festival de música que dizem ser ‘secular'”, explicou.
“Eu sempre costumo dizer que a parcela de gente não é muita gente, é só barulhenta. Foi um momento que a galera pegou muito no meu pé, e aí entra a parte chata: julgam seu caráter baseado em nada”, criticou.
“Eu sempre ‘caguei’ para o que as pessoas falam de mim, porque eu tenho muita certeza de quem eu sou”, finalizou a cantora, que lançou, recentemente, o EP Tem Dias (Expansão), que dá o ponta pé inicial para essa sua nova fase.
Em entrevista ao UOL, a cantora relembrou o início da sua trajetória no entretenimento e destacou que não abandonou a sua fé.
“Eu não tinha muita noção de que era famosa. Na minha cabeça, eu era só uma criança que tinha um trabalho e ganhava um dinheiro no fim do mês”, contou a jovem, que deixou a TV em 2013 para dedicar-se exclusivamente à música.
“A TV me ajudou muito, me apresentou para o Brasil todo. Quando foquei na música, as portas se mantiveram abertas. Aquele público teve a oportunidade de me conhecer como cantora”.
Alcântara se tornou uma referência da nova era do público gospel, chegando até alcançar outros públicos, a exemplo da canção Girassol, que gravou com Whindersson Nunes.
A fase cristã da carreira da cantora é marcada por músicas em que a religiosidade não aparece de forma explícita. “Nem era tão gospel assim (risos)”, brincou.
Em seguida, ela destacou que sua nova fase como artista não vai lhe fazer mudar “como pessoa”.
“Uma coisa óbvia é que continuo sendo cristã, independentemente do gênero que canto. Nada disso interfere na minha fé. Então provavelmente eu sempre serei a ‘crente do pop‘”, destacou aos risos.
A decisão de cantar a chamada “música do mundo”, como os artistas cristãos se referem aos estilos não religiosos, vem acompanhada de muita resistência.
Priscilla relatou que, tanto dentro como fora da igreja, já sofreu preconceito por ser “pop demais para o gospel“.
“Infelizmente o cristão que é artista sofre muito, porque existem muitos tabus dentro do meio religioso e também uma falta de compreensão de todos os lados“, explicou. E ainda complementou:
“Ninguém pergunta a religião de um médico antes de pedir receita ou a de um advogado, ao entregar um caso. Por que o artista é cobrado? ‘Se é cristão, tem que fazer arte gospel‘”.
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