Dan Stulbach abriu o jogo ao falar sobre desconstrução da masculinidade tóxica. O ator comentou em entrevista à revista Marie Claire sobre o fato das crianças e adolescentes crescerem reproduzindo um padrão de comportamento violento e agressivo:
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“Durante a adolescência, existe um estereótipo do homem que é apresentado e quando você não se encaixa nisso, surgem várias questões sobre como expressar a masculinidade se não for daquela determinada maneira. E daí você se fragiliza, é uma agonia”.
“Ao longo da vida, acredito que não haja a necessidade de ser frágil para não ser tóxico. Nem de ser tóxico para não ser frágil. Não são questões opostas. Eu acredito ter encontrado um lugar de equilíbrio”, revelou.
Dan ainda relembrou como foi sua formação em casa. “Eu sentia a presença da masculinidade tóxica desde criança. Eu nunca falei com o meu pai de sexo, nunca falei da vida. Eu tinha que ser um menino- homem em uma forma, dentro de uma sociedade machista. Eu não poderia chorar, eu deveria brigar em todo jogo de futebol, a minha sensibilidade deveria ser submergida. Mas o termo masculinidade tóxica eu só vim aprender agora, recentemente”, explicou.
Para o famoso, é importante discutir esse tema com os homens, inclusive os amigos próximos, apesar de ser uma conversa difícil:
“Para algumas pessoas, ainda é difícil conseguir olhar para si de um modo verdadeiro e compreender suas ações na sociedade. Mas quem não faz esse processo, não tem interesse em ser uma pessoa melhor”.
Dan revelou que ele procura praticar com o filho, Davi, de 7 anos, uma conduta diferente que tiveram com ele quando criança.
“Eu sou muito atento a certas coisas que acontecem com ele e que eu acredito já ter vivido e que não me fizeram bem. Eu quero dar uma outra visão para ele, uma outra possibilidade que não seja essa de que para ser homem é preciso brigar a todo momento, por exemplo. Eu digo que ele pode chorar e está tudo bem. São coisas que não foram ditas pra mim e eu quero abrir um leque de possibilidades para ele de expressão pessoal e sentimental“, contou.
O artista disse que deseja levar o que ele aprendeu no teatro, como outras possibilidades de comportamento e expressão: “Quero, principalmente, mostrar que ele pode ser quem ele é. De qualquer forma, será aceito por mim, porque aceitar o outro pelo que ele é não é um favor, é uma obrigação. Aliás, o ato de não aceitar a pessoa como que ela é, chama-se discriminação. E, juntos, temos que lutar contra isso“.
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