Walter Casagrande usou o seu blog no GE para se posicionar sobre a confusão após Grêmio x Palmeiras, neste domingo (31). O comentarista da Globo culpou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela invasão de torcedores ao gramado e brigas.
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“A rodada do fim de semana do Brasileirão trouxe resultados que estão mexendo com o campeonato, mas não fiquei a fim de escrever sobre o óbvio. […] O que quero falar é sobre como está tudo pesado, cheio de ódio e de agressões”, escreveu o global.
O ex-jogador ainda declarou: “Os torcedores ficaram um ano e meio sem poder ir ao estádio, e aí começou um movimento pela volta do público. Mas a violência parece que voltou junto”.
“Nada justifica o que aqueles torcedores fizeram na Arena do Grêmio. Causaram pânico. Até o Raphael Veiga, que estava recebendo o troféu de melhor em campo, teve que sair correndo, pois não sabia o que poderia acontecer”, ressaltou.
Em seguida, Casagrande citou o presidente da República: “Claro, essa agressividade sempre existiu no futebol brasileiro, e invasões de campo não são novidade. Eu reconheço isso. Mas também não me parece coincidência que tanta violência aconteça neste momento em que temos um presidente que espalha ódio”.
“O isolamento do país do resto do mundo, as agressões a jornalistas que estavam cobrindo a viagem do presidente Jair Bolsonaro à Itália, nada disso é mera coincidência. Hoje, todos se acham no direito de ter falas homofóbicas, racistas, machistas, e isso obviamente se reflete também dentro de um estádio de futebol”, completou o famoso, que pediu o fim da violência e do preconceito.
Nos últimos dias, ele tem sido criticado por causa dos seus posicionamentos contra o jogador de vôlei Maurício Souza. Em seu blog no GE e também no Seleção SporTV, o comentarista reagiu contra as declarações homofóbicas do jogador.
Nas redes sociais, então, Casão tem sido chamado de “viciado” e “cheirador”. Em desabafo em seu blog, o famoso afirmou que estes comentários reforçam o preconceito da sociedade.
“Depois do caso Mauricio Souza, os preconceituosos começaram a me atacar do jeito de sempre, usando minha doença como agressão. Eu fiquei um ano internado, de setembro de 2007 a outubro de 2008. Saí de alta e continuei meu tratamento até chegar ao ponto em que estou hoje. Não bebo, não fumo, obviamente não uso drogas e não costumo estar na rua de madrugada“, explicou.
O comentarista da Globo ainda disparou: “Tudo que o gado e os robôs estão falando é por puro ódio e ignorância. Essas pessoas ficam loucas de raiva quando são expostas pelos crimes que cometem. E aí demonstram todo seu ódio atacando quem eles consideram a pessoa que mais expôs a verdade naquele momento”.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]