Wagner Moura, 45 anos, voltou a detonar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e afirmou que acredita que o político não se reelegerá em 2022. “Pelas vias democráticas, Bolsonaro não vai ganhar a eleição”, declarou o ator em entrevista ao Papo de Segunda, do GNT.
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O diretor do filme Marighella ainda reforçou que o Brasil não havia vivido até então um momento tão forte de união dos movimentos sociais como o movimento feminista, o movimento negro, o LGBTQIA+ e que isso fará a diferença.
Questionado por Fábio Porchat sobre como ele reage quando as pessoas, fora do país, o perguntam sobre o Brasil, Wagner Moura disparou:
“As pessoas vêm falar com você com uma certa pena. Tipo: ‘cara, força’. Porque é trágico. O país está sendo totalmente destruído. Aumentou a quantidade de gente na rua, pedindo comida, passando fome. São 19 milhões de famintos, um problema que já tínhamos superado. E você sentir isso lá de fora, são emoções contraditórias.”
O famoso, porém, disse ainda ter esperanças de que as coisas irão mudar. “Tenho muita esperança que daqui, desse momento trágico, a gente vai pra outro lugar, que é um lugar de reconstrução, que vai demorar, mas vai ser um lugar melhor”, declarou.
Wagner Moura ainda comparou a situação do Brasil com a dos Estados Unidos: “De certa forma, o que aconteceu nos EUA é um pouco isso. Não que os EUA vivam um momento maravilhoso, mas eles se distanciaram da tragédia que foi o governo Trump. As forças progressistas levaram Biden pra um lugar de progressista que ele mesmo não têm. Porque em momentos de distopia é que a resistência ganha força”.
Na semana passada, ele foi o convidado do Roda Viva, da TV Cultura e soltou o verbo contra o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo. Questionado por Chris Maksud, o ator reagiu furioso contra o aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Eu queria pegar uma fala do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, que é horrível de reproduzir, mas vou reproduzir. Ele fala que a cinebiografia é um filme racista por chamar cada homem preto honrado de Brasil de marginal ao escalar um ator preto para um papel de psicopata comunista. Eu queria que você comentasse”, afirmou a jornalista.
Wagner Moura, então, declarou: “Eu não vou comentar. Eu não tenho nenhum respeito por nenhuma declaração que venha de qualquer pessoa que faça parte desse governo. Nem esse cara, nem aquele outro cara da secretaria de Cultura, porque não respeito”.
“A gente precisa escolher os combates que a gente tem que combater. Não posso comentar uma frase dessas. Não consigo responder”, completou o artista, que é o responsável pelo filme Marighella.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]