A ex-BBB Gyselle Soares causou polêmica recentemente após ter sido escolhida para interpretar a escrava Esperança Garcia, considerada primeira advogada do Piauí, na peça Uma Escrava Chamada Esperança. Ela, então, rebateu as críticas e desabafou.
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Muitos ativistas do movimento negro condenaram a escolha de uma atriz com a pele mais clara do que a verdadeira Esperança. Ao Splash, ela garantiu que refletiu sobre as críticas, mas que não tem intenção de ofender ninguém com seu personagem no espetáculo.
“A crítica é sempre bem vinda. É claro que quando fazemos um personagem, a gente não tem cor. Eu me considero negra. Mas não posso desrespeitar as opiniões de todos. Não passei por certos momentos e dificuldades que tantos passam”, desabafou.
Gyselle Soares ainda refletiu: “Eu entendo a polêmica, mas a peça não fala de cores. Fala de inclusão, de todos nos amarmos, nos respeitarmos. Entendo perfeitamente essas críticas, não quero ferir ninguém. Me fizeram repensar. Se eu vejo que não é bacana, não seguirei”.
“Também sofri preconceito, todo dia quebramos barreiras, isso torna a gente mais forte. Venci mais diante dos meus fracassos do que nas vitórias”, completou a ex-BBB.
No papo, ela ainda contou os desafios que enfrentou morando anos na Europa, muitos relatados em seu livro Bonjour! Como Fazer Uma Carreira de Sucesso Fora do Brasil, lançado em abril, e também avalia as diferenças entre participar do Big Brother em 2008 e agora.
“Nunca quis morar fora novamente. Mas sofri preconceito pelo meu sotaque forte. Se tivesse participado do “BBB” hoje, não precisaria ter voltado para França e ficado longe da família. Foi um fenômeno, uma explosão. As pessoas entram para ter seguidores. O que você ganha depois é mais do que o prêmio. Seria bilionária em seis meses!”, garantiu.
Gyselle conseguiu participar de diversos filmes e séries na França e inclusive tem formação profissional de atriz na Europa. Mas passou por perrengues por lá.
“Quando estamos numa cultura que não é a nossa, precisamos nos adaptar. Não dá para ser brasileiro. Algo que eu sofri muito lá é não ter cultura. Tive que estudar muito, entender muita coisa. A carreira de sucesso não vem por ser bonita, você tem que se informar”, afirmou.
Ela completou: “Com meu primeiro cachê de atriz, paguei por aulas de francês, investi em mim. Depois, apareceram vários outros projetos. Não dá para ter medo de errar e começar do zero”.
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