“Coloquei silicone porque o mercado pedia”, revela Fiorella Mattheis

Fiorella Mattheis

Fiorella Mattheis abriu o jogo sobre procedimento (Imagem: Reprodução / Instagram)

Fiorella Mattheis confessou que a ideia de colocar silicone nos seios, na verdade, não partiu dela. A atriz, que começou a modelar aos 14 anos, relatou à revista Vogue que optou por mudar seu corpo aos 17 por conta do mercado de trabalho na época:

“Tudo começou por incentivo da agência, na época, que relacionou o número do meu sutiã com a possibilidade de conseguir mais trabalhos. E assim foi. Fiz a cirurgia em abril, fui morar em Milão em maio e em junho eu voltei ao Brasil para uma grande campanha de lingerie substituindo ninguém menos que Gisele Bündchen. A partir dali uma nova porta se abriu apenas porque passei a ter seios maiores”.

“Porém eu só tinha 17 anos. Hoje sei que meu corpo ainda estava se desenvolvendo – menstruei pela primeira vez aos 15 anos – e não tinha uma silhueta formada. Aquela referência que estavam projetando em mim sucedeu por conta do mercado, da moda de 2005, das referências da época. Me fizeram passar pelo procedimento sem a menor necessidade, pautada por uma decisão inconsciente de uma adolescente“, seguiu.

Fiorella reforçou que nunca cogitou mudar seus seios antes de entrar no mundo da moda:

“Nunca tive problemas com o tamanho dos meus seios, nunca sofri bullying, não me sentia mais ou menos segura, mais ou menos sexy… era completamente feliz com o corpo que eu tinha. Coloquei a prótese de silicone apenas porque o mercado de trabalho pedia esse tipo de silhueta”.

Nem tudo são flores

No entanto, a famosa passou a lidar com alguns problemas que não tinha antes da cirurgia. “De toda forma, fiquei muito feliz com o resultado até o momento que comecei a ter problemas, de uma forma muito mascarada. Três anos depois, aos 20, passei a sofrer com episódios de displasia mamária aguda que ocasionavam febre, inchaço da mama, dores incessantes e problemas no sono. Fiz inúmeros exames que não mostravam alterações“, contou.

“Os médicos então passaram relacionar esses episódios com a menstruação (devido ao inchaço das mamas), alimentação e disfunção hormonal. A partir daí passei a tratar essa síndrome, mas após alguns dias as reações cessavam o que tornou muito difícil chegar a um diagnóstico por quase dez anos”, completou.

Fiorella ainda relatou: “Em 2020 tive um episódio de displasia que se transformou em uma grande inflamação onde eu tive uma contratura capsular — meu organismo fez uma cápsula em volta da prótese de silicone que mudou de forma e ficou super rígida“.

“Coincidentemente, isso aconteceu 15 dias antes da pandemia começar e precisei me medicar com injeções de cortisona até que minha dor acabasse. Quando a possibilidade de uma cirurgia surgiu, decidi durante as consultas que meu desejo era apenas extrair a prótese e não colocar outra no lugar“, disse.

Decisão do explante

A artista, apesar de ter optado por retirar as próteses, garantiu que sua ideia não é tornar o procedimento algo comum:

“O explante de silicone não pode ser um produto. A necessidade de passar por esse procedimento deve ser relacionada à saúde e indicada por um médico. Não passe por nenhum tipo de procedimento, principalmente estético, porque o mundo está dizendo: ‘faça’”.

O explante de silicone das mamas é uma cirurgia séria, que exige anestesia geral, com uma recuperação difícil e resultados que podem não ser os esperados. Muita calma nessa hora. Ouça o seu médico. Tenha essa decisão pautada em sua saúde e não na estética“, reforçou.

Não foi fácil

Fiorella conseguiu fazer o explante dos seus silicones em fevereiro deste ano, após assinar um termo se responsabilizando pelos resultados e alguns riscos. Mas nem tudo ocorreu de forma simples no procedimento:

“Meu explante foi complicado pois eu tinha uma prótese rompida e muita inflamação. Meu médico precisou fazer uma lavagem com antibiótico e retirar bastante tecido da minha mama para poder eliminar possíveis células doentes”.

“Entretanto dei muita sorte e o resultado não poderia ser melhor. Tive uma recuperação maravilhosa, fiz fisioterapia pós-explante e usei um adesivo para melhorar a minha cicatriz. Me livrei de um problema, ganhei duas marcas embaixo do peito, mas com o tempo elas vão embora. Atualmente meu peito é exatamente o que era, porém, menor“, finalizou.

Da Redação
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