Em cartaz ao lado de Carolinie Figueiredo com a peça Mulheres que Nascem Com os Filhos, Samara Felippo, que fala sobre a maternidade no palco, fez uma reflexão a respeito do assunto em conversa com a Quem.
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Sobre a atração, a atriz explicou: “São cenas com assuntos profundos, mas tem humor também, deboche, sarcasmo. A maternidade, se você não rir, fica pesada. É muito autoral, mas tem também uma pesquisa de vivências de outras mães, solo, homoafetivas, etc”.
Mãe de Alicia, de 12 anos e de Lara, de 8, a famosa, que teve as filhas com Leandrinho, seu ex-esposo, contou como surgiu a ideia da peça: “Veio de uma vontade de colocar no palco nossos dilemas, sombras, culpas. Eu estava com duas filhas pequenas e o castelo, que me ensinaram que eu precisava, tinha acabado de desabar. A Carol estava no puerpério”.
Samara ainda frisou: “Não é uma peça segmentada, só para mulheres e mães. Os homens se surpreendem e são bem vindos porque todo mundo é filho e tem uma mãe, tenha ela gestado, parido, criado, essa mãe tem uma história e é sobre isso que refletimos. A peça é um lugar de reflexão, não ditamos regras”.
Voz ativa no assunto, a artista ainda explicou: “A minha militância é pela desromantização, porque a gente sempre vê as mães retratadas como guerreiras, de amor imensurável. Quando comecei a falar que amo minhas filhas mas não gosto de ser mãe, fui muito criticada. Muitas mulheres nem tem a escolha de ser ou não mãe. Imagine a maternidade preta, periférica. As mulheres sempre foram silenciadas nessa escolha pela maternidade”.
Samara Felippo fala sobre produção de festa
Além da peça, a atriz também produz a Apocalipse Tropical, uma festa. Sobre o evento, a famosa disse: “Sou festeira desde sempre e estou doida para voltar. A festa traz a Samara para além da mãe, que é sexy, que dança até o chão”.
No papo, a ex-global ainda falou sobre o recente episódio em que foi clicada por um paparazzi na praia. “Estou exposta desde os 18 anos (hoje ela tem 43) e essas fotos me expõem em um lugar de vulnerabilidade e de análise, porque as pessoas veem para dizer se está gorda, magra, velha, com celulite“, pontuou.
“É como se eu não pudesse envelhecer, ter cabelo branco. A sociedade faz de tudo para a gente se odiar, e eu faço tudo isso porque minhas filhas estão vendo, e as amigas delas também. Quero que elas saibam desde pequenas que casar, ter filhos, é uma escolha, e que se amar é um ato político“, finalizou.
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