Ex-Disney Cruj lembra período da fama e cita pé de meia
Diego Ramiro fez muito sucesso no Disney Cruj, no SBT (Imagem: Divulgação / SBT)
Diego Ramiro fez um grande sucesso entre os anos de 1997 e 2001, quando comandou a trupe do Disney Cruj, extinto programa infantil do SBT. Após 25 anos da estreia, o ator fala com carinho dos tempos em que interpretava Juca/Caju.
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Em entrevista à Quem, o famoso define a fase como “o grande boom da carreira”. Disney Cruj, cabe lembrar, era ambientado na sede do fictício Comitê Revolucionário Ultra Jovem (Cruj), e contou com nomes como o da roteirista Anna Muylaert na equipe.
“Este ano tem sido especial porque conseguimos reunir a galera em um grupo no WhatsApp com toda a equipe e muitos atores. Queremos nos reunir, promover um churrasco. No grupo, trocamos fotos engraçadíssimas da época”, disse o ator.
Lembrado pelo bordão de despedida “Cruj, Cruj, Cruj, tchau”, Diego Ramiro afirmou que chegou a ser alvo de gracinhas:
“Logo depois que acabou o programa, era estranho para mim. Eu era adolescente e muitos outros adolescentes faziam para tirar sarro. Tive que saber administrar esse tipo de situação. Hoje, acho delicioso. O programa tinha uma força muito grande em dizer aquilo que os ultrajovens da época queriam dizer”.
O ex-Disney Cruj ainda ressaltou que, na época, o mais difícil foi se adaptar a uma rotina diferente da que estava acostumado.
“Cresci e as minhas referências foram dentro de um estúdio de televisão. É muito doido isso para uma criança. Tinha motorista particular, tinha assistentes que me trocavam, me maquiavam, me preparavam para entrar no set. Eu pedia qualquer coisa e logo estava na minha mão. Eu tive isso e, de repente, não tinha mais. Isso não é legal. A sorte é que sempre fui pé no chão. A fama nunca me levou a um estágio de arrogância. Em compensação, foi complicado quando perdi aquele entorno de pessoas que me ajudavam”, confessou.
A última década do ex-Disney Cruj
Para ele, os últimos dez anos foram de busca por autoconhecimento: “Procuro ressignificar algumas emoções, até mesmo pelo tipo de infância que eu tive. Tive alguns bloqueios por ter sido muito exposto e por ter colocado a meta lá em cima. Só queria fazer projetos que fossem tão legais e geniais quanto o programa”.
“Tinha muito medo de ser julgado pelo que vivi na minha adolescência. Para melhorar a minha vida no dia a dia e tentar controlar a ansiedade, há 10 anos faço a busca pelo movimento pessoal e inteligência emocional”, detalhou ele.
O ator também destacou como a sua família foi fundamental para que se mantivesse estruturado, após o fim do Disney Cruj. “Consegui me organizar bem na questão de ter um pé de meia. Quando saí do programa, saí com um dinheirinho guardado e o reinvesti na minha empresa, comprei os direitos do nosso primeiro musical e as coisas foram caminhando”, disse.
“Não cheguei a sofrer tanto, até porque meus pais também fizeram um bom controle financeiro enquanto eu não tinha o controle. Foi bem legal eles não terem torrado o meu dinheiro, que é o acontece com muitos pais [de talentos mirins]”, desabafou.
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