A Justiça de SP entendeu que a Record errou durante uma matéria veiculada no Cidade Alerta e condenou a emissora. Em janeiro, o jornalístico exibiu uma casa em construção de um lavrador em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, como sendo a mansão onde a polícia apreendeu drogas e prendeu dois suspeitos.
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A matéria mostrou o imóvel em questão com uma legenda tendenciosa no gerador de caracteres: “As aparências enganam – carros de luzo, dinheiro e mulheres. Playboizinho pode ser de facção”.
Os acusados em questão foram presos em uma casa que ficava em um condomínio vizinho ao sítio no qual o lavrador e sua esposa estavam construindo a residência da família, segundo o UOL.
“Os funcionários da emissora, de forma inescrupulosa e irresponsável, fizeram acusações falsas, mentirosas, com o intuito de enganar seus telespectadores”, explanou à Justiça a advogada Adriana Miranda, representante do lavrador.
No processo, a advogada frisou que a equipe do Cidade Alerta, segundo testemunha, não entrou no condomínio, e de forma deliberada, usou a imagem falsa como se fosse verdadeira.
A Record, por outro lado, afirmou que as informações fornecidas foram dadas por “fontes fidedignas” e ressaltou que o imóvel foi exibido por “poucos segundos” na matéria.
O canal paulista salientou que o casal não era morador da casa na época e que “quem os conhece sabe que eles não têm nenhuma relação com o tráfico de drogas”.
E reforçou: “A emissora se limitou a noticiar os fatos da forma como se sucederam, sem qualquer intenção de prejudicar os autores [do processo]”.
“Basta visualizar a matéria televisiva para se constatar que foi produzida sem nenhuma ilicitude, excesso ou abuso, ficando evidente que a matéria tem nítido caráter informativo, levando ao público informação relevante quanto a prisão de traficantes”, comentou a defesa.
Record perde ação por matéria do Cidade Alerta
O juiz Rodrigo Sette Carvalho rejeitou a argumentação e condenou a Record ao pagamento de indenização de R$ 20 mil para o casal.
“Os autores [do processo] experimentaram o sofrimento de ver sua propriedade relacionada a traficantes e como local de armazenamento de drogas”, comentou. “É insofismável que a matéria é depreciativa e pejorativa”, entendeu.
A emissora ainda pode recorrer da decisão.
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