Flavio Bauraqui, que está no filme Medida Provisória e também fez parte do elenco Segunda Chamada, contou no Encontro, da Globo, um episódio de racismo que sofreu. Nesta quinta-feira (14), ele contou que tudo aconteceu no Rio de Janeiro, quando foi impedido de entrar em uma loja.
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O famoso ainda ressaltou que foi chamado de ladrão e explicou que o caso ocorreu antes de seu início na carreira artística. “Eu estava em Copacabana, e não era pessoa pública ainda, entrei em uma loja de departamento e fui andando, não tinha nenhuma parede que indicasse que o lugar onde eu fui era proibido”, disse.
“De repente, um funcionário olhou para mim e falou: ‘O que você está fazendo aí?’. Falei: ‘Estou olhando as coisas’. ‘Aí não pode entrar’. ‘Não tem nada que indique que eu não possa entrar’. Aí ele falou assim: ‘Eu sei muito bem o que você está querendo’. ‘Não, espera aí, você está falando de um jeito, deduzindo que estou querendo roubar alguma coisa’. Ele falou: ‘É isso mesmo’”, recordou.
Bauraqui afirmou também ter ficado sem reação com o flagrante ato racista: “Falei: ‘Você não pode falar assim comigo’. Ele falou uma frase que ficou ecoando na minha cabeça por muito tempo: ‘Mas você é quem?’. Eu fiquei pensando: ‘Eu sou quem?’”.
“Hoje em dia, se ele falasse comigo hoje, não falaria, possivelmente, eu tenho como provar, mas na época eu era tão ingênuo, porque eu não consegui me defender. Eu fiquei calado, fui para casa pensando sobre tudo isso”, contou o ator de Segunda Chamada.
Laís desabafa sobre acusação de racismo
Falando em caso de racismo, Laís Caldas viu sua vida mudar completamente depois que deixou o BBB 2022. Tomando conhecimento do que aconteceu fora da casa e da repercussão sobre alguns assuntos, a médica tratou de se explicar sobre um episódio específico.
Em uma certa ocasião, Laís, Bárbara e Eslovênia brincaram ao ver que Natália, de quem falavam, estava no banheiro e poderia ter ouvido o que elas cochichavam.
As três fizeram gestos e os de Bárbara e Laís foram interpretados como uma atitude racista para alguns internautas. À colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, a ex-sister se defendeu:
“Eu sempre fui de ficar fazendo palhaçadas dentro da casa, em toda situação em que eu me via em aflição ou tinha alegria. E sempre faço exatamente aquele gesto. Naquele momento, estavam falando da Nat, que a Eslô tinha votado ou ia votar nela”.
“Quando falaram que ela estava no banheiro, eu me senti aflita e fiz o gesto que sempre faço. Mas nunca foi em referência a algum animal. Jamais eu iria comparar uma pessoa a um animal. Isso não faz parte de mim”, seguiu.
“Sempre repudiei qualquer tipo de preconceito. Desde pequena sou assim. Quando eu tinha entre 4 e 6 anos, eu já me vesti de homem para dançar com uma colega de sala que era negra. Ninguém da sala queria dançar com ela”, relembrou.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]