Alinne Prado soltou o verbo e revelou o quanto sua saída da Globo, em 2018, após ser a única negra a apresentar o Vídeo Show, foi traumática.
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Depois do programa, a jornalista chegou a fazer parte da equipe do Encontro, mas foi demitida em seguida. “Na época eu entrei numa depressão profunda. Achei que nunca mais fosse voltar à TV“, disse ao site NaTelinha.
“Mas também busquei uma força ancestral, mergulhei no autoconhecimento e na literatura afroreferenciada para entender o porquê do racismo se refletir de maneira tão feroz na sociedade e na TV. Isso me fortaleceu e me fez entender a força da minha voz”, completou.
Alinne disse que se sente mais forte após ter passado pelo episódio delicado: “Criei coragem de voltar à frente das telas de modo muito mais estratégico e consciente para transformar essa situação através do amor e da educação. Não estou ali atrás de fama, tenho uma função social e vou fluindo onde tenho espaço“.
Ela ainda acredita que, agora, existe mais oportunidades para os negros na TV. “Há pouco tempo atrás eu era a única em diversos espaços. Hoje já olho para o lado e vejo outros negros. Ainda somos poucos, mas graças às nossas vozes estarem se unindo e se organizando, estamos conseguindo alcançar e naturalizar nossa presença em diferentes esferas sociais”, afirmou.
Alinne Prado lembra relação com traficante
Alinne Prado abriu o coração e comentou detalhes da sua vida pessoal. A apresentadora da RedeTV!, por exemplo, falou a respeito de abuso sexual que sofreu quando tinha 13 anos de idade. Segundo ela, o caso aconteceu por um ex-namorado, que na época tinha 27 anos e era traficante no Morro do Dendê.
“Eu perdi a virgindade sofrendo um abuso sexual desse traficante. Eu já passei por tanta coisa, já morri e ressuscitei tantas vezes. Quando eu falo, parece que nem estou falando de mim. Parece que falo de uma Alinne que morreu”, declarou a famosa para o canal de Maurício Meirelles.
A ex-repórter da Globo ainda ressaltou: “Ele foi o primeiro homem que olhou para mim. Minhas amigas, que eram mais claras, já tinham dado beijo na boca. Eu achava que ele me amava. Foi horrível mesmo. Demorei muito anos para me curar disso. Há pouco tempo que comecei a me curar disso”.
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