Carlos Vereza, um dos atores que mais apoiou o presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha da eleição de 2018, se manifestou sobre o seu desconforto com o atual momento do país e, com todas as letras, falou que o Chefe do Executivo “anulou a arte” no país.
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Aos 83 anos, o veterano esteve no Festival de Cinema de Vassouras, no sul-fluminense, que ocorreu na última semana de maio, e conversou com a revista Veja sobre sua atual relação com o governo federal.
O artista contou que recebeu o convite para o comando da Secretaria Especial de Cultura antes de Regina Duarte, mas recusou a proposta de Bolsonaro. “Já começava a perceber que a família que ele defendia não era a do país, e sim a dele”, expôs.
Ainda assim, mesmo com a pulga atrás da orelha, ele esteve na posse de Regina Duarte com sorriso de orelha a orelha. “Sempre fui amigo dela, mas não era cego”, declarou.
Ele rompeu com o atual governo e atacou a forma como Bolsonaro se mostrou contra a classe artística. “Ele se vinga da cultura, anulou a arte”, disparou. No entanto, Carlos Vereza não se arrependeu do voto em 2018, pelo contexto exposto na época. “Um voto de desespero, um cavalo de pau”, comparou. Para 2022, ele não declarou seu voto. “O menos pior”, respondeu.
Carlos Vereza compra briga com José de Abreu na Justiça e perde
Em 2020, quando José de Abreu criticou a ida de Regina Duarte ao cargo de secretária de Cultura, Vereza saiu em defesa dela. O então bolsonarista pediu para que o outro respeitasse a escolha de Regina.
José de Abreu chamou o colega de fascista. “Meu caro colega, Carlos Vereza. Achei muito bonito seu apelo para que eu respeite Regina Duarte. Mas, infelizmente, eu não respeito nem fascistas nem quem os apoia, como você e ela”, disparou.
A briga parou na Justiça. No início deste ano, de forma unânime, segundo o jornal O Globo, os desembargadores decidiram o mesmo que na primeira instância: a rejeição da queixa-crime de Vereza contra Abreu. Os magistrados entenderam que há “ausência de justa causa”.
O imbróglio foi julgado pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Na esfera cível, Carlos abriu processo por danos morais, e um pedido de indenização no valor de R$ 80 mil.
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