Justiça condena Record e Rogério Forcolen por polêmica com dentista
Rogério Forcolen em sua estreia no Balanço Geral RJ; Record é condenada após episódio no jornalístico (Imagem: Reprodução / Record)
A Record e o apresentador Rogério Forcolen foram condenados pela Justiça do Rio de Janeiro por conta de um episódio envolvendo um dentista no Balanço Geral RJ. Na época, o profissional foi preso sob acusação de estupro, mas solto depois de comprovada sua inocência.
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Em 2013, o dentista André Luiz Medeiros Biazucci Cardoso ficou atrás das grades sob acusação de cometer estupros em Belford Roxo, no Rio. O então acusado ficou sete meses preso até que a Justiça concluiu que a investigação policial que o levou à prisão estava cheia de falhas.
Além disso, um exame de DNA comprovou a inocência de André, segundo o UOL. Antes disso, no dia da prisão, Rogério Forcolen soltou ofensas contra o dentista durante o Balanço Geral RJ:
“Que ele tem uma cara de doidão, ele tem, né! De dentista sério ele não tem nada (…). Esse safado aí tem que conhecer a vara, né! A vara crime. Todo estuprador tem que conhecer a vara, meu irmão”.
Na sentença, o juiz André Luiz Nicolitt, da 20ª Vara Civil do Tribunal de Justiça do Rio, não concordou com o “cunho apelativo” da matéria do programa da Record e analisou:
“Ainda que a reportagem tenha cunho informativo e de interesse social, certo é que os réus não adotaram as cautelas necessárias antes de divulgar os dados do autor, além de terem abusado na forma”.
O magistrado salientou que “a substância da matéria levada a público pelo Balanço Geral extrapolou os limites do direito de informar, violando a eficácia horizontal da presunção de inocência (que atua sobre relações privadas) e fazendo um julgamento midiático, que é de fato inapelável, não raro imutável”.
Record lança argumento em ação, mas não funciona
No processo, a Record alegou que reproduziu informações prestadas pela polícia. Em 2014, o canal paulista exibiu uma reportagem no Jornal da Record sobre o erro policial cometido contra o dentista.
Em setembro de 2015, a ação judicial começou e quase sete anos depois, a decisão em primeira instância saiu no valor de R$ 100 mil.
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