Taís Araújo não poupou críticas para as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o desaparecimento e morte de Dom Phillips e Bruno Pereira. A atriz seguiu o mesmo caminho do comentarista Casagrande e usou o Encontro para uma resposta firme ao “capitão”.
VEJA ESSA
A estrela da novela Cara e Coragem argumentou que o jornalista e o indigenista não eram aventureiros, como exposto pelo Chefe do Executivo, e lamentou a morte dos dois ativistas na Amazônia.
Fátima Bernardes deu início ao assunto depois da novem de palavras do Encontro. “É tão triste a gente ver algo acontecendo assim no nosso país, a gente fica tão envergonhada, né? Porque são pessoas que estavam ali lutando por todos nós, expondo a vida, colocando a vida, para que nós tivéssemos um país melhor”, expressou.
Taís Araújo tomou a palavra e lembrou da série Aruanas, do Globoplay, e como entendeu a situação da região. “Esse é o país que mais mata ativistas no mundo. A gente fez Aruanas e falava justamente sobre isso”, contou. A atriz fez uma análise:
“É uma série-denúncia, o primeiro episódio sobretudo assim, a gente fala da Amazônia. E a gente entrou muito fundo nesse assunto, então, quando eu escuto isso, meu coração dispara, porque a gente conviveu com famílias que perderam os seus amores. Os ativistas lutam por todos nós, até por quem acha que eles estão trabalhando contra”.
Taís Araújo rebate fala de Bolsonaro no Encontro
Na semana passada, durante as buscas por Dom Phillips e Bruno Pereira, Bolsonaro comentou que a missão do trabalho da dupla na região do Vale do Javari era uma “aventura”:
“Isso não é de jeito nenhum, são dois profissionais, um jornalista e um antropólogo. Desculpa, aventureiros não são, não eram”.
Fátima citou um amigo de Bruno, Maxciel Pereira dos Santos, representante da Funai, que morreu há três anos antes da mesma forma e até o momento nenhuma solução sobre o caso foi dada.
Antes de Taís, Casagrande detona Bolsonaro no Encontro
Casagrande discursou contra o atual governo federal no matinal comandado por Fátima Bernardes. Sua fala foi motivada pelo desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Pereira. “Temos um governo covarde, perverso e muito cruel”, acusou.
“As pessoas não estão mais com medo de serem cruéis, de atacar, de serem racistas ou homofóbicas. Está tudo assinado, com aval. As pessoas se soltaram mesmo e isso machuca a gente”, desabafou.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].