Um dos grandes momentos da TV brasileira, sem dúvidas, foi o dia em que Dado Dolabella levou um machado e quebrou a mesa de João Gordo em programa. A situação fez com que o apresentador quase batesse no convidado. Anos depois, nesta semana, o roqueiro abriu o jogo sobre os bastidores do episódio.
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Em entrevista ao canal de Rafinha Bastos, Gordo revelou o motivo pelo qual não bateu no ator naquela ocasião. “O pessoal me pergunta por que não bati no Dado Dolabella. Era outra situação. Cara, foi bom não ter batido. Se eu tivesse encostado a mão naquele cara ali, ia perder o emprego. Não ia conseguir fazer minha casa nem nada!“, disparou.
O cantor da Ratos de Porão ainda fez uma confissão: “Aquilo veio ao público mais forte só em 2003, mas aconteceu em 1999. Só bombou mesmo quando a MTV fez o site próprio e quis chamar atenção. Na época, eu estava na casa do Roberto Carlos, jogador de futebol, na Espanha. Lá atrás em 1999, saiu muito em sites de fofoca. Todos me xingaram, porque era tipo Shrek contra o Príncipe. Ouvi muita coisa!”.
Questionado pelo humorista se a história com Dado Dolabella fez mal para a sua carreira, João Gordo garantiu: “Eu só sou lembrado por causa disso. O cara nem sabe da minha banda, só sabe por causa disso. Eu não existo. Existo por causa dessa treta que eu arreguei para o Dado Dolabella”.
“Você tretou com o Dado Dolabella, eu com a Wanessa Camargo e os dois agora estão juntos. E nós estamos juntos também”, ironizou Bastos.
João Gordo é direto e revela o seu voto nas eleições
Recentemente, o cantor lançou um novo álbum pela banda Ratos de Porão. O título é Necropolítica e tem uma situação ao atual governante do país, Jair Bolsonaro (PL). O político foi “homenageado” na faixa Alerta Antifascista.
Ao Splash, o cantor declarou: “Você ouve uma música dessa e pensa o quê? Que ela foi escrita para o Papa Francisco? Claro que não. Eu estou vendo acontecer na minha frente uma distopia monstruosa e a estou descrevendo. A música é para ele [Bolsonaro] mesmo“.
Sem citar o nome do presidente, o vocalista canta as seguintes frases na faixa: “Genocida depravado/ Ditador que come gente/ Um perigo eminente/ Mentiroso imoral/ Ser humano decadente/ Especialista em matar/ Privatizando o presente/ Sem futuro para sonhar”.
O novo álbum aborda temas como a pandemia do coronavírus, o governo brasileiro, a corrupção, o negacionismo, o bolsonarismo e a ascensão do pseudo-neofascismo e neonazismo.
“As pessoas vêm falar que ‘agora o Gordo é lacrador’. Lacrador como, cara? A temática do Ratos sempre foi essa desde a primeira música do primeiro disco da banda. Não é que eu sou contra as coisas, eu narro o que eu sinto e vivo ao meu redor”, disparou.
Ele ainda afirmou: “Eu estou vivendo nesse mundo na necropolítica por todos os lados. Então, não tem como eu desviar o assunto”.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]