Foi-se o tempo que para assistir televisão bastava ligar o aparelho que costuma ocupar a parte central de nossas salas de estar. Se antes tínhamos acesso às programações da TV através de antenas que depois foram substituídas pelo sinal digital e pelos aparelhos de TV a cabo, podemos dizer que tudo isso ficou para trás e a TV agora entra em uma nova era, a da internet.
Streaming pode acabar saindo caro
Não que o mercado de streaming não tenha também seus problemas que apesar da grande penetração, com seus modelos de assinatura que costumam ser mais baratos em relação a outras opções de entretenimento televisionado, também sofrem com certa estratificação, afinal, existem muitos serviços de streaming disponíveis, alguns dedicados a nichos específicos, como animação japonesa (caso da Crunchyroll), conteúdos juvenis (como Disney+), e outros que apostam forte em produções próprias (caso de Netflix, Prime Video e HBO Max), o que significa que para ter acesso a todos os serviços que possam lhe interessar, o consumidor final poderá acabar gastando uma boa quantia.
Os mais diversos fatores podem influenciar a oferta de conteúdo destas plataformas – negociações de direitos autorais, por exemplo, mas há outros fatores menos óbvios que podem afetar isso, como a localização do usuário. É isso mesmo que você leu, o catálogo do seu serviço de streaming favorito é atrelado à sua localização geográfica, ou seja, o conteúdo da Netflix norte-americana é diferente do da brasileira, e não há muito que possa se fazer a respeito disso, a não ser que você utilize uma VPN.
Afinal, o que significa esta sigla, para começo de conversa? Se você não tem conhecimento, continue lendo este artigo e saiba mais sobre VPN.
VPNs, TVs e streaming
VPNs, virtual private networks ou redes privadas virtuais, podem ser encaradas como intermediárias entre você e a internet, prometendo maior segurança na transmissão de seus dados e algumas vantagens como a de poder trocar a localização de seu servidor como bem entender, o que discutiremos mais adiante.
Primeiro, foquemos na parte da segurança. Para usarmos a internet, nossos aparelhos enviam dados para o provedor do serviço, certo? Dados estes que ficam expostos a qualquer pessoa mal-intencionada e podem causar problemas, considerando que cada vez mais fazemos tudo online: compras, internet banking e por aí vai. Isso sem considerar a enorme quantidade de entretenimento disponível na rede. Mas como VPNs podem ajudar? Oferecendo maior segurança em relaçao aos seus dados transmitidos através da internet.
Por meio de criptografia, as informações enviadas são “embaralhadas”, passam pela VPN, que as decodifica, e então repassa para o provedor, dificultando a interpretação dos dados por parte de criminosos, preservando sua privacidade e a segurança dos seus dados.
Lembra que falamos sobre trocar a localização da sua conexão? Pois então, é aí que as VPNs brilham quando pensamos em streaming e TV – afinal, isso possibilita que você acesse, de forma simplificada, o catálogo de outras regiões, ampliando e muito o leque de coisas para assistir na sua smart TV (ou qualquer aparelho de sua preferência). Imagine que a nova temporada da série X que você acompanha já está disponível na Netflix norte-americana, mas ainda não tem data definida para estreia no Brasil, com uma VPN você poderia até maratonar a temporada inteira antes mesmo de chegar no país, e fazê-lo de forma legítima, afinal, você não baixou nada ilegal, nem pirateou o conteúdo disponível no site.
Conclusão
Não é de hoje que televisores já vem de fábrica com funções inteligentes e a possibilidade de conexão online. Some isso a um aumento no número das plataformas de streaming espalhadas pelo mundo e temos a receita para uma nova revolução na produção de conteúdo para televisão, não mais atrelado a emissoras e disponíveis para qualquer um com acesso à internet, o que, em parte, explica porque as operadores de TV por assinatura continuam perdendo clientes.