Casagrande disparou contra um posicionamento político de Lucas Moura, do Tottenham, que defendeu a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). O jogador se disse conservador, defensor dos princípios cristãos e da família. O ex-Globo, então, soltou o verbo.
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Durante o programa Dois Toques, Casagrande e Milly Lacombe questionaram a família que Lucas é um defensor.
“Sempre vem um discurso em defesa da família, o que é a família, essa família tradicional? Existe uma hierarquia dentro dessa família, essa família, como é vendida, quando o Bolsonaro usa o lema integralista ‘Deus, Pátria e Família’, essa família tem cara, tem cor, tem sexualidade e que tem principalmente hierarquia”, disse Milly.
Ela completou: “Dentro dessa família, o homem manda, a mulher obedece e filho só pode ser heterossexual. Essa família tem pai, tem mãe e tem filhos, que obedecem também. A família brasileira não é essa, essa família não existe na realidade”.
“Eu queria saber como que é o comportamento dele dentro da própria família, é a mesma família que o Bolsonaro defende? Porque o cara pode chegar e ‘eu defendo a família’. Ok, eu aceito, explica como se relaciona a sua família, como que gira dentro da sua casa? Como é o comportamento seu, da sua mulher e dos seus filhos? Como é que funciona?”, questionou Casagrande.
O comentarista ainda declarou: “Porque lá na família Bolsonaro a gente sabe como funciona, é gritar, ofender mulheres, ameaça, tem falas racistas, homofóbicas, essa é a família que o Bolsonaro defende. É a mesma que o Lucas Moura defende?”.
Casagrande lembra engajamento político na ditadura militar
Ainda na conversa, o famoso lembrou da Democracia Corinthiana, que contava com ele, Sócrates e Wladimir. Ele explicou que era um movimento que ia além dos gramados, se engajando politicamente contra a ditadura militar no Brasil.
“Ela não deixou legado porque as pessoas vão falar da Democracia Corinthiana, vão falar da democracia atual e falam dos jogadores que não se posicionam ontem, buscando os mesmos caras da Democracia Corinthiana”, ressaltou.
O ex-Globo completou: “Quando vai se entrevistar sobre posicionamento político de jogador de futebol, os jornalistas vão buscar a gente lá da Democracia Corinthiana lá atrás, de 1985, que acabou Democracia Corinthiana, até hoje, ficou um vácuo democrático dentro do futebol brasileiro, acabou, o futebol voltou a ter o comportamento antigo”.
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