Uma jornalista da Globo passou por uma situação bem complicada nesta segunda-feira (9), um dia depois dos atos de extremistas em Brasília. A profissional, que não teve a sua identidade revelada, estava infiltrada em acampamento de golpistas em quartel na cidade.
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Segundo informações do UOL, a repórter e um segurança tentaram voltar para o carro do canal carioca logo depois que o exército deu ordem dura para que os grupos deixassem a praça em frente a seu quartel-general.
A publicação ressaltou, porém, que eles não conseguiram retornar, já que o acampamento estava cercado, e precisaram procurar um oficial do Exército. Tudo só foi resolvido depois de muitas explicações e ligações.
Caso não conseguissem, os dois profissionais da Globo teriam que ser encaminhados para um dos ônibus levados para a Polícia Federal em Brasília.
O UOL explicou que uma bolsonarista chegou a ouvir que a repórter estava tentando se safar e começou a dizer que também era da impressa. No entanto, a jornalista tinha meios para provar que trabalhava à Globo.
A publicação garantiu que tudo ocorreu durante 50 minutos e, depois que tudo foi esclarecido, os militares fizeram questão de tomar cuidado para que a equipe da Globo não fosse agredida pelos presentes no local.
Jornalistas são agredidos em atos
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) declarou que pelo menos 12 jornalistas foram agredidos no último domingo (8). Além de agressões, os profissionais da imprensa tiveram equipamentos danificados e furtados durante os atos terroristas promovidos por bolsonaristas.
O órgão afirmou ainda que ao menos dois jornalistas chegaram a pedir ajuda da Polícia Militar, mas não foram atendidos no dia do caos.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]