De forma interna, a Globo divulgou pela primeira vez os resultados financeiros de 2022. Pelo segundo ano consecutivo, o canal da família Marinho fechou no prejuízo. Ao todo, R$ 41 milhões negativos foram constatados dentro dos 12 meses do ano passado.
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Contudo, o valor diminuiu na comparação com 2021, quando o Plim Plim teve o déficit de R$ 121 milhões, segundo Guilherme Ravache, do UOL. Mais um ano financeiro no vermelho foi provocado pela grave crise econômica no mundo, a eleição presidencial polarizada e até mesmo a Copa do Mundo.
O canal explicou no comunicado aos funcionários que os custos de amortização dos direitos da Copa do Mundo destruíram os resultados acumulados nos três trimestres anteriores, de janeiro a setembro.
Paulo Marinho, o todo poderoso do canal, afirmou que “o crescimento do Globoplay e Globoplay+Canais foi importante para mitigar a curva declinante de assinantes da TV paga”, e acrescentou: mais mudanças previstas em busca do fechamento no azul.
Publicidade da Globo bate recorde
Em 2022, o canal somou R$ 684 milhões na receita publicitária e chegou a R$ 9,107 bilhões, cerca de 60% do total. Os anúncios nos programas, BBB 2022, Rock in Rio, Pantanal, Copa do Mundo, além da publicidade digital foram os principais alvos do mercado. O crescimento foi de 8% em relação a 2021.
A receita líquida da Globo aumentou 5%, de R$ 739 milhões em 2022, totalizando R$ 15,168 bilhões. Em 2021, o total no faturamento foi de 14,429 bilhões. Os acordos com outras empresas, como a transmissão da Copa do Brasil em parceria com a Amazon, trouxe um aumento de R$ 96 milhões em outras receitas.
Com a queda de assinaturas na TV paga e a venda da Som Livre, houve uma redução na receita de conteúdo de R$ 41 milhões. A Som Livre foi vendida por R$ 1,4 bilhão para a Sony em 2022. Mesmo com o prejuízo, os cortes vieram, mas os custos subiram R$ 660 milhões.
O que provocou o acréscimo? A inflação e os cortes. A demissão de vários funcionários com décadas na casa impactou o resultado por conta da rescisão. Dentro da Globo, os Jogos Olímpicos foram colocados na lista de prejuízo antes do seu início pois na época do acordo a economia era outra.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].