Com mais de 40 anos na Globo, Galvão Bueno chamou a atenção sobre um breve período em que se separou da emissora da família Marinho e tentou uma vida de narrador foram dos muros do Plim Plim.
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Em 1992, o locutor ficou 10 meses longe do canal líder de audiência para uma missão na Rede OM, com a transmissão da Copa Libertadores, que naquele ano teve o São Paulo de Telê Santana como campeão.
Ao UOL Esporte, o comunicador admitiu que sempre foi inquieto e a oportunidade chegou de ser sócio de uma televisão. “No caso da Libertadores, a TV aberta que adquirisse os direitos de transmissão deveria exibir todas as partidas e nós abraçamos a ideia, mas a Globo não quis isso”, relembrou.
O sucesso foi estrondoso. A Globo arregalou os olhos e tentou o retorno do antigo funcionário. “O diretor de esporte da Globo e outros dirigentes pediram uma reunião comigo. ‘Quanto você quer para abrir para a Globo transmitir junto?’, perguntaram. Eu falei: ‘Não há dinheiro que pague'”, respondeu na época.
Depois da primeira negativa, o jornalista voltou ao Plim Plim. “Não concordava com a forma que a TV [OM] era conduzida politicamente e financeiramente, mas realmente foi um sucesso”, admitiu.
Silvio Santos interessado em Galvão Bueno
Em seu último jogo antes da volta triunfal à Globo, Galvão foi sondado por Silvio Santos para um convite para o SBT. Além da principal concorrente da Platinada, a Band e a TV Manchete tentou o passe do astro das transmissões esportivas.
Tudo foi em vão, uma vez que José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, então chefão da Globo, se jogou na negociação e exigiu a volta de Galvão.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].