A Fenepe (Federação Nacional de Entidades de Praças Militares Estaduais), associação representante de 40 entidades de oficiais militares das Policias Militares e Corpo de Bombeiros no país, entrou com um processo contra a Globo.
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Além da emissora carioca, Band e TV Cultura também entraram na mira. O motivo? Impedir que atrações jornalísticas como Jornal Nacional, Jornal da Band e Jornal da Cultura usem o termo “chacina” para definir as operações realizadas por policiais militares desde o fim de julho em Santos e Guarujá.
A ação chamada de Operação Escudo está em vigência desde a morte do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota. Até o momento, a lista soma 22 mortes. O processo corre na 32ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo.
De acordo com a Fenepe, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, reportagens exibidas em telejornais como JN, Bom Dia Brasil, Jornal da Cultura, Jornal da Band e Brasil Urgente usam o termo para definir o trabalho da polícia, o que é avaliado como uma “ofensa à corporação”.
A associação diz que os canais “estão noticiando de forma irresponsável o evento ocorrido, denominando-o como ‘chacina’ e ‘tortura’, cujas notícias estariam afetando a família de diversos policiais/praças militares”.
Fenepe pede multa contra Globo e demais canais
No pedido enviado à Justiça, a associação pede uma liminar de impedimento para que nenhuma TV tenha o direito de usar os termos chacina e extermínio em matérias sobre a operação.
Mais do que isso, multa de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento. O juiz do caso, Fábio de Souza Pimenta, negou a tutela de urgência enquanto a ação não é julgada. Para o magistrado, não é possível aferir ilicitude na conduta dos canais.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].