A última sexta-feira (29) foi de despedida na Record. A dois dias para a chegada de 2024, a alta direção acionou o Recursos Humanos da sede em São Paulo e demitiu o jornalista Arnaldo Duran, de 68 anos. O profissional era parte do casting de repórteres da casa há 17 anos.
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O canal do bispo Edir Macedo deu como justificativa para a saída do jornalista o salário alto. Em sua fase final no departamento de Jornalismo, Duran ocupou a vaga de repórter especial no Domingo Espetacular, após atuação em outros jornalísticos da casa, como o Jornal da Record.
O veterano da TV confirmou a saída ao jornal Folha de S. Paulo. “Ainda estou em choque. Meus chefes disseram que foi uma decisão administrativa para contenção de despesas, sobre a qual não tiveram ingerência”, lamentou. Dentro da Record, a dispensa foi uma surpresa.
Arnaldo Duran, demitido da Record, tem doença rara
Em 2016, Duran foi diagnosticado com a síndrome de Machado-Joseph, uma doença degenerativa do sistema nervoso, que faz o paciente perder a coordenação de movimentos musculares e o equilíbrio. Outras partes do corpo são afetadas, como o tronco cerebral, a medula, os nervos periféricos e o núcleo da base cerebral.
Quando descobriu a doença, Arnaldo contou que por pouco não perdeu a fala. O jornalista restabeleceu o ato de falar com a ajuda de tratamento e orações. Em sua vasta carreira na TV, Duran passou pela Globo e Rede Manchete. No SBT, fez parte da equipe do Aqui Agora na década de 1990.
Em 2023, a Record revelou uma crise financeira no patamar dos R$ 500 milhões. O ano foi marcado pela saída de vários profissionais e de praticamente todos os departamentos do Grupo Record.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].