O BBB está em sua 24ª edição e os mesmos problemas aparecem de forma escancarada para todo o Brasil. O BBB 2024 não completou nem uma semana e já observamos situações de racismo, capacitismo, xenofobia e muito machismo.
É triste acompanhar anualmente uma atração que tem um grande alcance e perceber que não conseguimos evoluir. Podemos discutir quantas vezes forem necessárias (e devemos fazer isso mesmo), mas nas próximas edições, infelizmente, teremos novamente falas do tipo.
Para quem não acompanhou, na madrugada de hoje (13), Rodriguinho, Nizam, Vinicius e Lucas Pizane fizeram uma “roda de conversa” em que os alvos foram mulheres da casa. Yasmin Brunet teve seu corpo avaliado e criticado. Além, é claro, de ter sido exposto de forma chocante.
Isabelle, uma representante do Norte do Brasil, foi julgada de forma xenofóbica pelo cantor de pagode, que, durante a semana, chegou a cometer um equívoco ao chamá-la de “índia”.
E falando em xenofobia, o mesmo Rodriguinho alfinetou Davi dizendo que ele “é só um cara comum da Bahia” e ressaltando que já havia outro baiano na casa – o Lucas Pizane – e, por isso, não precisava de mais um. Um absurdo atrás de absurdo.
Racismo e capacitismo no BBB 2024
Até pouco tempo atrás, é claro, não esperávamos ver o BBB 2024 chegar a tantas polêmicas (pelo menos não tão rapidamente). Até então, a fala racismo de Luigi, que chamou de “macaca” uma outra competidora, foi a mais chocante para o público.
Antes disso, o “show” de capacistismo foi o que tomou conta. Vinicius Rodrigues, que teve a perna esquerda amputada depois de ter sofrido um acidente de carro há dez anos, viu o seu membro receber apelidos e passou a ser alvo de “brincadeiras”.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]