O público do Globoplay está enfurecido com a Globo por um suposto menosprezo ao trabalho de dubladores na série documental sobre o voo 447. A atração é uma das novidades do catálogo do streaming.
Logo no início da série, a informação: “A versão em português das entrevistas concedidas em língua estrangeira para este documentário foi feita a partir da voz dos próprios entrevistados, com o uso de inteligência artifical”.
A Globo acrescenta que a ação vem de acordo e “respeitando-se todos os direitos e leis aplicáveis” e diz que “o conteúdo das dublagens é fiel às entrevistas originais”, e finaliza que “os entrevistados que não aceitaram a dublagem foram legendados”.
No X (antigo Twitter), a emissora da família Marinho tem sido alvo de críticas. “Está faltando dublador?”, questiona um internauta. “A Globo tá pobre e não consegue pagar dublador”, ironiza outro. “Que falta de respeito com a profissão”, lamenta um terceiro.
Em resposta a um usuário da rede social, Bruno Sartori, jornalista, diz que o método usado em todo o mundo. “Dublagens dessa forma é tendência mundial. E perceba, não deixaram de lado os dubladores. Eles quem precisaram gravar a voz guia. Sem esse profissional, essa dublagem não teria vida”, garante.
Saiba mais sobre a série lançada pelo Globoplay
No primeiro episódio, a série fala sobre um avião com 228 pessoas a bordo que desaparece enquanto cruza o Oceano Atlântico, rumo a Paris. Autoridades buscam a aeronave e familiares procuram por respostas.
No segundo episódio, o documentário fala sobre a descoberta de destroços, quando surgem as primeiras conclusões do acidente. Neste momento, as caixas-pretas, que guardam dados do voo, estão prestes a parar de emitir sinais de localização.
Na terceira parte da série, depois de quase dois anos de buscas, o avião é encontrado a 4 mil metros de profundidade. A leitura dos dados das caixas-pretas ainda é uma incógnita.
No episódio final, as caixas-pretas revelam detalhes fundamentais para compreender o acidente. As investigações são concluídas e um processo se arrasta na justiça francesa.
Confira:
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].