A Fórmula 1 é a bola da vez na negociação da TV. A Band tem contrato válido com a categoria máxima do automobilismo mundial, mas deve perder para a Globo, que já negocia para voltar com as corridas em 2025.
Desde a saída de Felipe Massa da Fórmula 1, em 2017, o Brasil está sem um representante nas pistas. Alguns jovens pilotos, atualmente como Felipe Drugovich e Gabriel Bortoletto, mas um pouco antes com Sérgio Sette Câmara, tentam uma vaga entre as 10 equipes.
É o grande ponto que complica a vida de qualquer emissora brasileira. A ideia de culpar a falta de disputas mais acirradas na Fórmula 1 é uma falácia desde a época de Ayrton Senna, quando apenas o tricampeão e Alain Prost disputavam vitórias pela McLaren.
Para o projeto de um canal de TV que busca exibir a Fórmula 1 no Brasil, o essencial é ter um brasileiro na disputa. Os acordos comerciais podem ser costurados e até com sucesso nas primeiras temporadas, mas a ausência de um piloto com a nossa bandeira vai acabar sendo um problema.
Em 2021, quando a Band assumiu o compromisso com a Fórmula 1, o mercado ficou aquecido com a possibilidade de corridas ao vivo na TV aberta, com pré-hora cheia de reportagens e um pós-corrida com todas as informações direto das pistas. Sem brasileiro, a empolgação esfriou temporada após temporada.
Foi por isso que a Globo desistiu da renovação do contrato com a Liberty Media em 2019. Pela força da TV e pela presença de brasileiros em todos os anos, com exceção das temporadas 2018 e 2019, os acordos estabelecidos foram cumpridos integralmente.
A história se repete com a Band, que tem contrato com a empresa norte-americana até o fim de 2025, mas deve encerrar o acordo ainda em 2024.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].