Como era o Brasileirão antes dos contratos milionários na Globo?

O Brasileirão 2025 começou há quase um mês e o público apaixonado pelo esporte foi presenteado com transmissões em diferentes canais, muito além da Globo.

Globo
Globo tem longa história com o Brasileirão na TV (Imagem: Divulgação / Globo)

No entanto, antes dos acordos milionários do canal carioca com clubes e entidades, a transmissão era limitada. Antes dos anos 1980, jogos eram exibidos em VT (gravação) e outros passavam longe da TV.

As receitas, por sua vez, eram mínimas e os clubes dependiam mais dos torcedores nos estádios e do apoio de cartolas. A cota de TV ficava em segundo plano. A Globo mudou tudo a partir dos anos 80.

A emissora líder de audiência com telejornais, novelas e programas de humor passou a valorizar o futebol como nenhum outro canal da TV aberta.

Nos anos 90, com a criação do Clube dos 13, a negociação pelos direitos dos jogo ganhou força e muito dinheiro.

O que era o Clubes dos 13?

O Clube dos 13 foi uma associação formada em 1987 por treze dos maiores clubes do futebol brasileiro com o objetivo de organizar, fortalecer e negociar coletivamente os interesses dos grandes clubes.

A nova organização visava especialmente acordos com a televisão, em especial a Globo, patrocínios e estrutura do Brasileirão. A criação do grupo também ocorreu em meio à crise da CBF naquele ano.

Os 13 fundadores foram Corinthians, Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Santos, Vasco, Botafogo, Fluminense, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio, Internacional e Bahia.

Dos anos 90 para cá, a Globo garantiu o monopólio das transmissões da Série A do Brasileirão, mas por algumas temporada dividiu partidas com Record e Band por meio de sublicenciamento.

O Brasileirão 2025

No ano passado, com a criação da Libra e LFU, dois blocos comerciais formados pelos principais times do futebol brasileiro, a Globo se viu obrigada a dividir o campeonato com rivais na TV aberta e streaming.

O canal conseguiu acordo de exclusividade com a Libra para TV aberta, TV por assinatura, streaming e pay-per-view.

A LFU também fechou com a emissora, mas também disse sim para Record, Prime Vídeo e YouTube, por meio da Cazé TV.

Paulo Carvalho
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Paulo Carvalho

Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].